
Decisão liminar que concedeu prisão domiciliar a apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro gera críticas de Gleisi Hoffmann; magistrado se defende e alega questões de saúde.
Por Daniel Trindade
Na última quinta-feira (13/02), Jorge Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do petista Marcelo Arruda. Menos de 24 horas depois, o desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), concedeu ao ex-policial penal o direito de cumprir a pena em regime domiciliar. A decisão gerou forte reação e acusações de parcialidade contra o magistrado.
Guaranho foi condenado por homicídio duplamente qualificado, após invadir a festa de aniversário de Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), em 2022, e matá-lo a tiros. A festa tinha temática petista e fazia referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A defesa de Guaranho alegou problemas de saúde para justificar o pedido de habeas corpus. O ex-policial penal, que é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, também foi baleado no dia do crime e teria ficado com sequelas. A decisão liminar de Scaff determina que Guaranho permaneça em prisão domiciliar, utilizando tornozeleira eletrônica, enquanto o mérito do caso é apreciado pelo TJPR.
Após a repercussão negativa, o desembargador publicou uma nota em suas redes sociais, defendendo a decisão. Scaff afirmou que Guaranho já estava em prisão domiciliar antes do julgamento, em razão de seu estado de saúde, e que a decisão apenas manteve essa condição para garantir a continuidade do tratamento médico. O magistrado também lamentou a morte de Marcelo Arruda e expressou “repugnância” pelo crime.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, criticou duramente a decisão de Scaff, acusando-o de ser parcial e de ter ligações com apoiadores de Bolsonaro. Em vídeo publicado nas redes sociais, Gleisi afirmou que o desembargador “é seguidor das redes de Bolsonaro, Michele, Zambelli e outros da extrema-direita” e que já atacou o STF em defesa de um bolsonarista. “Livrá-lo da pena 24 horas depois, como fez o desembargador Scaff, não tem nada a ver com questões humanitárias. É um tapa na cara da Justiça”, declarou Gleisi.”
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Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"