
Andreson de Oliveira Gonçalves. Foto: Reprodução
Andreson de Oliveira Gonçalves, preso por venda de sentenças, é suspeito de subornar servidor para influenciar decisões; investigação apura crimes de corrupção e vazamento de informações
Da Redação
A Polícia Federal (PF) está conduzindo a Operação “Sisamens” para desmantelar um esquema que envolve a venda de sentenças judiciais, centrando suas investigações no lobista mato-grossense Andreson de Oliveira Gonçalves. Gonçalves, preso desde novembro de 2024 em Cuiabá (MT), é suspeito de ter repassado cerca de R$ 4 milhões em “propina” para um assessor que trabalhou nos gabinetes das ministras Nancy Andrighi e Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O nome da operação faz referência a um episódio da mitologia persa, durante o reinado de Cambises II da Pérsia, que narra a história do juiz Sisamnes. Ele teria aceitado um suborno para proferir uma sentença injusta.
Preso por sua implicação em negociatas no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e seguido por investigações na Operação Ultima Ratio, em Mato Grosso do Sul, Gonçalves teria utilizado sua empresa, Florais Transportes, para fazer dezenas de transferências financeiras à Marvan Logística, pertencente à esposa do assessor Márcio Toledo Pinto. As transferências variaram entre R$ 1 mil e R$ 250 mil e são citadas como meio de garantir acesso a informações privilegiadas e influenciar decisões judiciais a favor do lobista.
Toledo Pinto, afastado do cargo desde o início das investigações, é suspeito de acessar e modificar ilegalmente processos do STJ, possivelmente a mando de Gonçalves. A operação segue apurando possíveis crimes de corrupção e vazamento de informações confidenciais, com movimentações financeiras suspeitas de Gonçalves datando de 2009. Um relatório sigiloso com detalhes das investigações foi enviado ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de suas acusações, Gonçalves, que teria perdido 27 kg na prisão e alegado risco de morte, está atualmente em regime prisional diferenciado, incluindo dieta especial por ordem judicial.
Até o momento, a defesa de Andreson Gonçalves nega as acusações, argumentando a falta de provas contundentes, enquanto a defesa de Márcio Toledo Pinto não se pronunciou. O STJ confirma que investigações internas estão em curso e que Toledo Pinto foi afastado de suas funções como precaução.
O espaço permanece aberto para qualquer manifestação das ministras Nancy Andrighi e Isabel Gallotti, assim como para a defesa de Márcio Toledo Pinto.
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Com informações do Portal UOL.
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