
“Transformação é fruto da ação, não do silêncio.”
por Daniel Trindade
Na estrutura do governo local, os vereadores desempenham um papel fundamental, embora muitas vezes existam equívocos sobre suas verdadeiras funções. Como representantes eleitos da população nas Câmaras Municipais, os vereadores têm a responsabilidade de legislar e fiscalizar, mas não devem ultrapassar os limites de suas atribuições legais e éticas.
Um vereador é eleito para atuar principalmente na criação e na revisão das leis que regulam os mais variados aspectos da vida municipal. Essas leis podem abordar desde o zoneamento urbano e o código de posturas até diretrizes para educação e políticas de saúde. Nesse sentido, a função legislativa é a mais evidente e também a mais crucial, pois é por meio dela que se dão as transformações na legislação local que afetam diretamente o dia a dia dos cidadãos.
Além de legislar, os vereadores têm a obrigação de fiscalizar o Executivo municipal, assegurando que o prefeito e seus secretários apliquem os recursos públicos de maneira eficiente e transparente. Essa fiscalização é vital para o equilíbrio dos poderes e para a manutenção da integridade na gestão dos recursos da cidade. É através dessa vigilância que os vereadores podem questionar ações do Executivo e exigir explicações sobre a gestão financeira e administrativa do município.
Outra função importante dos vereadores é servir como canal de comunicação entre a população e o governo municipal. Eles são os representantes mais acessíveis ao cidadão comum, e muitas vezes atuam ouvindo as necessidades e reclamações da população, encaminhando-as para os órgãos competentes e acompanhando as soluções. No entanto, é crucial entender que o vereador não possui função executiva. Isso significa que eles não têm poder para ordenar a execução de obras ou a prestação de serviços, mas podem influenciar esses processos por meio de sua função de fiscalização e legislação.
É fundamental que os vereadores conduzam suas funções dentro dos limites éticos e legais. Interferências indevidas em serviços públicos, como tentar priorizar um paciente em detrimento de outros no acesso a serviços de saúde, são não apenas antiéticas mas também ilegais. Tais ações podem constituir crime, violando o princípio da igualdade e da justiça que deve reger os serviços públicos.
A integridade e a ética na atuação dos vereadores não são apenas ideais a serem perseguidos, mas requisitos para uma gestão eficaz e justa. A participação popular é essencial para garantir que os vereadores não apenas cumpram suas funções, mas também se mantenham fiéis aos interesses da população. A comunidade deve se envolver ativamente na política municipal, participando de audiências públicas, sessões da câmara e outras atividades legislativas. Através dessa participação, os cidadãos podem oferecer feedback, fazer reivindicações e garantir que seus representantes estejam realmente defendendo seus interesses.
Concluindo, o papel do vereador é complexo e abrangente, exigindo um equilíbrio entre legislação, fiscalização e representação. Entender essas funções é fundamental para que a população possa exigir mais de seus representantes e participar de forma mais ativa e informada no governo local. Somente assim é possível construir uma gestão municipal que seja verdadeiramente eficiente, transparente e alinhada com as necessidades de todos os cidadãos.

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"