Ministério Público aponta falhas na análise de provas pela Polícia Civil
Por Daniel Trindade, do portal Deixa Que Eu Te Conto
No último dia 29 de julho, a juíza Ana Paula da Silva Freitas Gomes, da 12ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), decidiu retirar o sigilo do processo que investiga os mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em Cuiabá no dia 5 de dezembro de 2023. A decisão, oficializada em 2 de agosto, atendeu a um pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) feito em 30 de julho.
Decisão judicial
A magistrada Ana Paula da Silva Freitas Gomes, que assumiu a titularidade da 12ª Vara em 29 de julho, acatou o pedido do MPMT para derrubar o sigilo do processo. De acordo com a juíza, não há base legal para manter o caso em segredo. O Ministério Público argumentou que a Polícia Civil não compartilhou os dados extraídos do celular de Zampieri, o que dificultou a identificação dos mandantes do crime. O MP solicitou que a Polícia Civil complemente as investigações, pois os elementos de prova contidos no celular ainda não foram analisados.
Pedido de destruição de dados
A assistência de acusação, representada pelo advogado da família Zampieri, Giovani Santin, tentou impedir a análise dos dados do celular do advogado, alegando sigilo profissional. A defesa também solicitou a destruição dos dados, mas o pedido foi negado pela juíza.
O caso
Roberto Zampieri foi assassinado em 5 de dezembro de 2023. Maria Angélica Caixeta Gontijo, uma fazendeira de Ribeirão Cascalheira, foi presa em conexão com o crime, mas posteriormente liberada por decisão judicial. Em 9 de julho, Anibal Manoel Laurindo foi indiciado como mandante do assassinato, junto com o coronel do Exército Luiz Caçadini e Hedilerson Barbosa, cuja arma teria sido usada no crime. O executor, Antônio Gomes da Silva, confessou o assassinato.
Um dos intermediários da execução revelou em depoimento que só revelará o nome do verdadeiro mandante em juízo. Antônio Gomes da Silva afirmou desconhecer a identidade do mandante final, mencionando apenas que se tratava de alguém com “sotaque italiano”, cujo áudio recebeu via aplicativo de mensagens ordenando a morte.
Com informações do VGN.
Leia mais sobre o assunto
Fazendeiro temia que irmão perdesse terra em ação em que Roberto Zampieri atuava, diz delegado
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"