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Servidor demitido após assédio a Janaina Riva defendia pautas bolsonaristas e rotina religiosa

Avatar photo Daniel Trindade 7 de novembro de 2025 5 min read
Reprodução

Ex-servidor da Coder, Deliandsom Milton da Silva divulgou áudios de teor sexual contra a deputada. Caso gerou repúdio e manifestações de apoio de diversas lideranças políticas.

por Daniel Trindade

Deliandsom Milton da Silva, de 41 anos, ex-servidor comissionado da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), foi denunciado pela deputada estadual Janaina Riva (MDB) por importunação sexual, perseguição e difamação após gravar e divulgar áudios de conteúdo sexual e misógino contra a parlamentar. O caso ganhou repercussão estadual e provocou manifestações de solidariedade de políticos de diferentes partidos.

Nas redes sociais, o ex-servidor apresentava uma imagem pública oposta à conduta denunciada. Frequentador assíduo da Igreja Batista, Deliandsom compartilhava fotos e vídeos em cultos, além de participar de eventos do Partido Liberal (PL) e de manifestações com bandeiras e símbolos do Brasil. Em diversas postagens, ele defendia pautas bolsonaristas, como o voto impresso, o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e críticas a opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em seus perfis, aparecia em atos políticos em Rondonópolis e Cuiabá, destacando-se como militante de direita e entusiasta do governo anterior.

Após a denúncia pública feita por Janaina Riva e o registro do boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) em Cuiabá, a Coder anunciou a demissão imediata do servidor. Em nota, a companhia informou que a conduta do funcionário “fere os princípios éticos e morais da administração pública” e que “qualquer forma de assédio, ofensa ou desrespeito à dignidade humana é inaceitável”.

O documento ainda destacou que a exoneração foi efetivada tão logo a direção tomou conhecimento do caso.

“O servidor mencionado, ocupante de cargo comissionado, foi imediatamente desligado de suas funções assim que os fatos chegaram ao conhecimento desta presidência. O ato formal de exoneração será publicado em Diário Oficial”, diz o trecho da nota.

De acordo com o boletim de ocorrência, os áudios com conteúdo sexual e ofensivo circulavam desde a madrugada do dia anterior em grupos de WhatsApp e chegaram à deputada por meio de servidores públicos. Em uma das mensagens, Deliandsom debocha da parlamentar e autoriza a divulgação do material, dizendo: “Pode mandar em todos os grupos, pode mandar sem dó e nem piedade.”

Janaina afirmou ter ficado profundamente abalada com o episódio, destacando que o caso representa uma tentativa de humilhação e violência moral e psicológica contra uma mulher em posição de liderança política. Mato Grosso é um dos estados com maiores índices de violência de gênero do país, o que, segundo a deputada, torna o caso ainda mais grave.

A Justiça de Mato Grosso concedeu medidas protetivas de urgência à parlamentar. A decisão, assinada pelo juiz Geraldo Fidelis Neto, do plantão criminal de Cuiabá, determinou a proibição de contato e aproximação da deputada e de seus familiares, a suspensão do porte e posse de armas do acusado e o monitoramento pela Patrulha Maria da Penha, com disponibilização do botão do pânico no aplicativo SOS Mulher. O magistrado ressaltou que, embora não exista vínculo familiar entre as partes, o caso se enquadra na Lei Maria da Penha, por se tratar de violência moral e psicológica motivada por gênero.

O juiz destacou que o crime teve conotação misógina, com o objetivo de “ridicularizar e humilhar publicamente a vítima”, e comparou a situação ao recente episódio envolvendo a presidente do México, Claudia Sheinbaum, vítima de assédio durante um evento público. Fidelis afirmou que “nem o poder blinda as mulheres da violência” e que casos como o de Janaina ajudam a combater a impunidade e o silêncio em torno de ataques de gênero.

O episódio gerou ampla repercussão política em Mato Grosso. Deputados estaduais, federais e senadores manifestaram apoio à parlamentar e condenaram o ataque. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União), classificou o episódio como “vergonhoso e repugnante”, afirmando que o Legislativo deve se posicionar com firmeza diante de qualquer forma de violência contra a mulher.

Rosa Neide (PT) também se solidarizou com Janaina, destacando que a violência política de gênero é uma das maiores barreiras enfrentadas por mulheres na vida pública.

“Nenhuma mulher deve ser atacada por exercer seu mandato. A coragem de Janaina em denunciar é um passo importante para romper o ciclo de impunidade”, afirmou.

Outras figuras políticas, como o senador Wellington Fagundes (PL) e o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), repudiaram o caso e cobraram punição exemplar ao agressor. Fagundes afirmou que “a fé e a política devem ser instrumentos de respeito e não de ódio”, enquanto Lúdio ressaltou que “é inadmissível que o debate político seja transformado em espaço para ofensas e assédio”.

Entidades de defesa dos direitos das mulheres, como o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e o Observatório da Violência de Gênero, também se manifestaram, apontando que o caso evidencia a necessidade de ampliar mecanismos de proteção e educação contra a misoginia e a violência política.

A deputada Janaina Riva agradeceu as manifestações de apoio e reiterou que seguirá com as medidas legais para responsabilizar o autor dos ataques.

“Esses áudios não atingem apenas a mim, mas todas as mulheres que lutam por espaço na política e no serviço público. Não podemos permitir que o ódio e o machismo se tornem ferramentas para calar vozes femininas”, declarou.


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Daniel Trindade

Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Consultor Político
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"

Tags: Cidades Nacional Notícia Política Sinop / MT

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