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Por Daniel Trindade
Estratégia envolvia militares e decretos para controlar o país após derrota eleitoral
Uma investigação conduzida pela Polícia Federal revelou um plano elaborado para formar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, destinado a manter Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. O documento, que detalha a estrutura e funções do gabinete, foi encontrado durante a investigação e destaca como o grupo pretendia gerenciar a crise institucional e assumir o controle do país em caso de um golpe de Estado.
Previsto para ser ativado em 16 de dezembro de 2022 no Palácio do Planalto, o gabinete operaria em regime ininterrupto. O plano incluía a assinatura de um decreto por Bolsonaro para instaurar um estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo de convocar novas eleições e prender Alexandre de Moraes, então presidente do TSE.
O documento também revelava um intento para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, que não se concretizou devido à falta de apoio militar. Criado pelo general Mario Fernandes, o plano colocava Augusto Heleno como chefe do gabinete de crise e Walter Braga Netto como coordenador-geral.
O gabinete teria como missão fornecer suporte estratégico a Bolsonaro, abrangendo coordenação ministerial, controle de comunicação social, assessoria parlamentar e inteligência, com uma estrutura majoritariamente militar.
Fonte: Informações baseadas no relatório da Polícia Federal divulgadas pela Gazeta do Povo.

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"