Operação Shadow prende ex-diretor de presídio suspeito de facilitar fuga mediante pagamento em MT
Redação 
PJC cumpre 11 mandados de prisão e 12 de busca em quatro cidades; esquema teria beneficiado lideranças criminosas de Rondonópolis em 2023
Por Redação
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso deflagrou nesta segunda-feira (14) a Operação Shadow, que resultou na prisão do ex-diretor do Centro de Ressocialização Ahmenon Lemos Dantas, de Várzea Grande, Adão Elias Junior. Um policial penal também foi detido durante a ação. Ambos são investigados por facilitação de fuga e participação em organização criminosa.
Durante coletiva de imprensa, o delegado Gustavo Belão, titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), informou que a operação visa desarticular o grupo responsável pela fuga de duas lideranças criminosas da região de Rondonópolis. Segundo a investigação, a fuga ocorreu mediante pagamento em julho de 2023.
O corregedor-geral da Secretaria de Justiça, Thiago Damaceno Garcia, afirmou que, se comprovadas todas as denúncias, os dois servidores públicos serão demitidos dos quadros do Governo do Estado.
A investigação aponta que o esquema contava com apoio interno e externo. Um agente penitenciário teria retirado os detentos usando uma caminhonete oficial do sistema prisional, enquanto o então diretor da unidade supostamente autorizou a saída dos prisioneiros sob o pretexto de realizarem serviço extramuros.
As autoridades cumpriram 11 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Poconé. A operação também executou seis bloqueios de valores, três sequestros de veículos e três de bens imóveis.
Participaram da coletiva o delegado da Polinter, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, o delegado titular da Draco, Rodrigo Azem Buchalid, e o diretor especial da PJC, Claudio Álvares Santana.
O nome da operação, “Shadow” (sombra, em inglês), faz referência aos rastros deixados pelos fugitivos. A ação integra o programa Tolerância Zero contra facções criminosas, do Governo do Estado, e os trabalhos da Rede Nacional de Unidades Especializadas no Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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