
“Solução Financeira” é acusada de lesar idosos em Mato Grosso com falsas promessas de alívio financeiro, levando o MP-MT a exigir alta indenização.
Por Daniel Trindade
O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) deflagrou uma ofensiva contra a “Solução Financeira”, empresa acusada de aplicar o golpe dos juros em idosos endividados, exigindo R$ 879 mil em indenizações e o fim imediato de suas atividades. A ação civil pública, que também mira os empresários Thiago Aldo Roque de Sousa e Daniella Weiber de Carvalho de Sousa, busca reparar os danos causados a dezenas de consumidores ludibriados com a promessa de alívio financeiro.
A investigação revela que a “Solução Financeira”, sob o pretexto de oferecer consultoria e assessoria para revisão de juros abusivos em contratos de financiamento, praticava, na verdade, exercício ilegal da advocacia. Anúncios veiculados em meios de comunicação de massa, com promessas de redução de até 70% das dívidas ou quitação antecipada com descontos significativos, atraíam principalmente idosos em situação de vulnerabilidade financeira.
No entanto, a realidade era bem diferente. Clientes relatam que a empresa não cumpria o prometido, renegava o atendimento após a assinatura do contrato e ainda orientava os consumidores a reter os pagamentos dos financiamentos, agravando sua situação financeira. Em alguns casos, a “Solução Financeira” chegava a sugerir que os clientes escondessem seus veículos para evitar a busca e apreensão.
O MP-MT identificou que a empresa não possuía a expertise técnica necessária para realizar a revisão de juros e que os contratos firmados com os clientes continham cláusulas abusivas, dificultando o ressarcimento em caso de desistência. Além disso, a “Solução Financeira” já é alvo de mais de 100 ações individuais em Mato Grosso e diversas reclamações em sites de defesa do consumidor.
Diante da gravidade dos fatos, o MP-MT pede, em caráter liminar, a suspensão imediata das atividades da empresa e a proibição da veiculação de publicidade enganosa. Requer, ainda, o bloqueio de R$ 879,6 mil nas contas da empresa e de seus proprietários, a declaração de nulidade dos contratos e a restituição integral dos valores pagos pelos consumidores lesados.
A ação do MP-MT busca não apenas punir os responsáveis pelo golpe, mas também proteger os consumidores vulneráveis e restabelecer a confiança no mercado financeiro.
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Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"