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Redação
A crise de um dos maiores grupos do agronegócio mato-grossense ganha novo capítulo com decisão judicial para assegurar pagamento de R$ 5,3 milhões; conglomerado acumula passivo de R$ 2,2 bilhões
A crise financeira de um dos principais grupos do agronegócio de Mato Grosso ganhou novo capítulo nesta segunda-feira (22): a Justiça determinou o bloqueio da frota da Safras Agroindústria, empresa do Grupo Safras, para garantir o pagamento de uma dívida de R$ 5,3 milhões, enquanto o conglomerado soma um passivo de R$ 2,2 bilhões em processo de recuperação judicial.
O bloqueio foi determinado pelo juiz Gilberto Lopes Bussiki, da 9ª Vara Cível de Cuiabá, após tentativas frustradas de penhora online nas contas bancárias da empresa. A medida visa assegurar o pagamento à credora Noroeste Grain Trade, em um momento crítico para o grupo empresarial que enfrenta severas dificuldades financeiras.
O conglomerado, que tem como um dos sócios o ex-prefeito de Sorriso Dilceu Rossato, teve negado seu pedido de suspensão da cobrança. A empresa solicitou a interrupção do processo até o pagamento integral das taxas processuais parceladas, argumentação que não encontrou amparo legal.
“Não há previsão legal para que, deferido o parcelamento das custas processuais, mantenha o processo suspenso até o seu adimplemento completo”, esclareceu o juiz na decisão. Bussiki também destacou que tal suspensão contrariaria os princípios da efetividade e celeridade processual.
A crise que afeta o Grupo Safras compromete suas extensas operações no agronegócio mato-grossense. Com 30 unidades comerciais e industriais, incluindo 19 filiais de armazéns pelo estado, o conglomerado atua nos setores de armazenamento de grãos, produção de biocombustíveis e agroindústria. Entre as causas apontadas para as dificuldades financeiras está a falência da empresa responsável pela implementação do software de gestão integrada.
Além da disputa com a Noroeste Grain Trade, a planta industrial da Safras Agroindústria em Cuiabá está envolvida em processo judicial relacionado à propriedade do terreno onde está instalada. A área foi comercializada durante um procedimento de falência que tramita há mais de 25 anos na justiça mato-grossense.
Rossato exerceu o cargo de prefeito de Sorriso entre 2012 e 2016. Após completar seu mandato, disputou a reeleição, mas foi derrotado por Ari Lafin. O município, localizado a 420 km de Cuiabá, destaca-se como importante polo do agronegócio mato-grossense e contribui significativamente para a economia do estado.
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