
Foto: Reprodução
Por Redação
DHPP aponta disputa por terras como motivação para o crime; investigação identificou atirador e envolvimento de PMs da Rotam
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá concluiu o inquérito sobre o assassinato do advogado Renato Nery, de 72 anos, indiciando seis pessoas. Um caseiro e cinco policiais militares são apontados como envolvidos no crime ocorrido em julho de 2024, quando o advogado foi baleado na avenida Fernando Corrêa da Costa.
O caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, identificado como executor dos disparos, e o sargento da PM Heron Teixeira Pena Vieira foram indiciados por homicídio triplamente qualificado. Heron é proprietário da chácara onde Alex trabalhava, conforme apontam os documentos da investigação.
Outros quatro policiais militares do Batalhão da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam) também foram indiciados: Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins. Eles responderão por homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.
Segundo as investigações, Renato Nery foi alvejado quando chegava ao seu escritório. Socorrido imediatamente, ele foi levado ao Hospital Jardim Cuiabá, onde passou por cirurgia de emergência, mas faleceu no dia seguinte, 6 de julho.
A polícia identificou uma disputa fundiária como motivação central do crime. O advogado havia denunciado irregularidades relacionadas a conflitos de terras pouco antes de ser assassinado, o que reforçou esta linha investigativa.
Todos os suspeitos foram presos em março deste ano, durante a Operação Office Crime – A Outra Face, deflagrada pela Polícia Civil. O sargento Heron chegou a estar foragido, mas posteriormente se apresentou às autoridades. Atualmente, os seis indiciados permanecem detidos em um batalhão da PM.
O inquérito policial também apontou que, após o crime, integrantes do grupo tentaram atrapalhar as investigações, inclusive com indícios de que teriam forjado um cenário de confronto e plantado uma arma uma semana após o assassinato.
O caso, que ganhou repercussão no meio jurídico mato-grossense, agora segue para análise do Ministério Público, que decidirá sobre o oferecimento da denúncia formal à Justiça. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) acompanha o processo desde o início e tem reforçado a importância da apuração rigorosa do caso.
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