Aeroportos, Bancos e Hospitais sofrem impactos; Brasil tem problemas pontuais
Por Daniel Trindade, Portal de Notícias Deixa Que Eu Te Conto, com informações da Gazeta do Povo
Uma atualização defeituosa do software de segurança Falcon Sensor, da empresa CrowdStrike, causou um apagão cibernético global, afetando aeroportos, bancos e hospitais. No Brasil, os impactos foram pontuais, com atrasos em voos e interrupções em serviços bancários.
Desde a noite de quinta-feira (18), usuários de serviços Microsoft notaram problemas nos aplicativos, especialmente nos serviços de nuvem, que deslogaram de contas e se recusavam a reconectar. Na manhã de sexta-feira, a extensão do problema ficou clara: voos, bancos e hospitais foram afetados.
George Kurtz, CEO da CrowdStrike, pediu desculpas pelo incidente e afirmou que o bug foi rapidamente identificado e corrigido. A empresa sofreu uma queda de 10% no mercado de ações, enquanto a Microsoft caiu 1,5%.
O Falcon Sensor, um antivírus de nova geração que utiliza aprendizado de máquina e análise de comportamento de programas, foi o responsável pelo problema. Somente máquinas rodando Windows foram afetadas, muitas apresentando a tela azul de erro. O serviço de nuvem Azure, da Microsoft, também foi impactado.
No Brasil, os maiores problemas ocorreram em aeroportos. Passageiros relataram dificuldades operacionais nos aeroportos internacionais de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), especialmente com as companhias Azul e JetSmart. As companhias aéreas Gol, Azul e Latam alertaram para possíveis atrasos devido a conexões internacionais.
Nos Estados Unidos, voos foram interrompidos, gerando um efeito cascata de atrasos e cancelamentos. Na Austrália, passageiros enfrentaram longas filas no aeroporto de Sydney, enquanto na Europa e Ásia, check-ins foram atrasados ou cancelados. Ronaldo Lemos, presidente da comissão de tecnologia da OAB-SP, descreveu a situação nos aeroportos como “caos aéreo”.
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve um de seus sistemas afetados, mas os serviços foram restabelecidos pela manhã. Aplicativos de bancos como Banco Pan, Bradesco, Neon e Next apresentaram instabilidade, mas a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) garantiu que a maioria das instituições já normalizou seus serviços.
Instituições financeiras ao redor do mundo, como o Commonwealth Bank na Austrália e a Capitec na África do Sul, relataram interrupções. Grandes mesas de negociação de petróleo e gás em Londres e Cingapura também enfrentaram dificuldades. Serviços de saúde foram prejudicados em vários países, com hospitais na Alemanha cancelando procedimentos eletivos e médicos no Reino Unido enfrentando dificuldades para acessar sistemas.
Para Claudemir Elias, especialista em cibersegurança e CEO da Ambipar, o incidente destaca a vulnerabilidade a ameaças cibernéticas. Ele sugere medidas preventivas como testes rigorosos de atualizações, backups regulares e redundância de sistemas. A comunicação clara durante incidentes e a colaboração internacional são importantes para mitigar futuros problemas.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"