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Andreson de Oliveira Gonçalves, de MT, teve prisão domiciliar revogada após Corte questionar laudos médicos.
DA REDAÇÃO
O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como principal operador em um suposto esquema de venda de sentenças nos tribunais de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi novamente preso na manhã desta quarta-feira (12), em Primavera do Leste (MT), pela Polícia Federal. A decisão, proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), revogou o benefício de prisão domiciliar que ele cumpria desde julho, determinando seu retorno ao regime fechado. O motivo da revogação seria a suspeita de que Gonçalves teria simulado um grave estado de desnutrição para conseguir a prisão domiciliar.
A nova prisão ocorre após o STF questionar a veracidade dos laudos médicos que subsidiaram a concessão do regime domiciliar. A medida do Supremo reacende o debate sobre a concessão de benefícios a réus com base em laudos de saúde, especialmente em casos de alta complexidade e repercussão.
A defesa de Andreson, representada pelo advogado Eugênio Pacelli, confirmou a prisão e criticou a decisão. Segundo Pacelli, o STF teria desconsiderado laudos do Instituto Médico Legal (IML) e diagnósticos baseados em exames de imagem, preferindo validar uma avaliação de apenas 50 minutos realizada por policiais médicos na residência do lobista. “Decisão tão surpreendente quanto desfundamentada”, afirmou o advogado.
Gonçalves havia sido preso inicialmente em novembro de 2024, no âmbito da Operação Sisamnes, que investiga crimes como organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional. As investigações tiveram início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, quando mensagens em seu celular levantaram suspeitas sobre a venda de decisões judiciais, envolvendo o lobista como peça-chave.
Ele também foi alvo da Operação Ultima Ratio, em outubro de 2024, que resultou no afastamento de cinco desembargadores de Mato Grosso do Sul, investigados por corrupção e venda de sentenças.

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