Por Daniel Trindade
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que já governou o Brasil por duas vezes e é conhecido por ter contribuído para estabilizar a moeda e acabar com a hiperinflação, enfrenta um período de enfraquecimento e perda de membros significativos. Essa legenda, que já foi uma força dominante na política brasileira, especialmente no estado de São Paulo, está passando por um momento crítico.
Queda de Influência
O PSDB governou o Brasil por oito anos consecutivos sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002). Durante esse tempo, o partido teve um papel crucial na estabilização econômica do país. No entanto, a influência do partido diminuiu drasticamente. A legenda, que chegou a ter mais de 100 deputados federais, agora conta com apenas 13 representantes na Câmara e um único senador.
Na última eleição municipal, o PSDB viu uma queda significativa no número de prefeitos eleitos em São Paulo, passando de 173 para 21. Em todo o Brasil, o número de administrações municipais sob seu comando caiu de 523 para 276.
Possíveis Saídas e Desafios
Atualmente, o PSDB governa apenas três estados: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. Entretanto, há rumores de que as governadoras Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, estão considerando deixar o partido. Raquel Lyra tem se aproximado do PSD, enquanto Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja podem migrar para o PL.
Em São Paulo, o PSDB já perdeu figuras importantes como Geraldo Alckmin, que se juntou ao PSB. Recentemente, membros como Aloysio Nunes Ferreira e Renata Covas também deixaram o partido, sinalizando uma nova onda de debandada.
Descontentamento Interno
Tião Farias, um dos membros fundadores do PSDB, deixou o partido, citando divergências com a atual direção. Ele destacou a incoerência histórica do partido ao apoiar aliados de Jair Bolsonaro, algo que vai contra os princípios que o PSDB defendeu ao longo dos anos.
Futuro e Estratégias
Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, minimiza as possíveis saídas de membros e critica a percepção de que o partido está em declínio. Ele destacou que, apesar das perdas, o PSDB ainda elegeu mais prefeitos em São Paulo do que o PT. Perillo também anunciou planos ambiciosos para o futuro, incluindo a meta de eleger deputados federais em todos os estados e lançar pelo menos dez candidatos fortes a governador em 2026.
Com informações: Istoé
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"