
Advogado é um dos principais alvos na segunda fase da operação
Por Daniel Trindade
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (29) a segunda fase da Operação Sangradouro, com o objetivo de desmantelar um esquema de falsificação de documentos para obtenção de aposentadorias na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A operação visa combater fraudes que já causaram um prejuízo de R$ 64 milhões aos cofres públicos.
As equipes da PF realizaram buscas em Barra do Garças (MT), Piranhas (GO) e no Distrito Federal. Informações preliminares indicam que um advogado é um dos principais alvos desta nova fase da operação.
Iniciadas em 2021, as investigações já resultaram no afastamento de um tabelião e de um servidor da Funai, acusados de participar do esquema. Documentos de indígenas de várias aldeias e terras indígenas foram falsificados, levantando dúvidas sobre quem realmente se beneficiava das fraudes.
Segundo o delegado Murilo Freitas, denúncias anônimas permitiram a identificação de registros “tardios”, onde falsos indígenas, com idades de exatamente 60 anos para homens e 55 para mulheres, cumpriam os requisitos para aposentadoria de forma fictícia. O ponto de partida da fraude era a emissão do “Registro Administrativo de Nascimento de Indígenas” (RANI), que facilitava a obtenção de outros documentos e, subsequentemente, o requerimento de aposentadorias junto ao INSS.
As investigações continuam para determinar se os beneficiários do esquema eram os próprios indígenas ou se funcionários da Funai também estavam envolvidos e se havia pagamentos pela facilitação das fraudes. A operação busca não apenas identificar os envolvidos, mas também recuperar os valores desviados e reforçar a integridade do sistema de aposentadorias para as

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"