
Ulisses Batista está foragido no Rio de Janeiro - Foto: Reprodução)
Investigação revela como pastor foragido no RJ liderava esquema de extorsão e lavagem de dinheiro por meio de distribuidora e drogaria em nome de terceiros.
Da Redação
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Falso Profeta, desmantelando um esquema criminoso que aterrorizava comerciantes em Cuiabá e Várzea Grande. O esquema, liderado pelo pastor Ulisses Batista (atualmente foragido no Rio de Janeiro), funcionava da seguinte forma: os comerciantes eram obrigados a comprar galões de água exclusivamente do grupo criminoso, pagando uma taxa ilegal por unidade vendida. As abordagens, inicialmente amigáveis, escalavam para ameaças e extorsão, com o monitoramento das distribuidoras de água sendo feito por um grupo de WhatsApp. A organização criminosa ainda contava com um caminhão para a distribuição da água e uma empresa de fachada para a lavagem do dinheiro extorquido.
As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) revelaram que a lavagem do dinheiro era feita por meio de empresas “laranjas”: uma distribuidora de bebidas (registrada em nome de um funcionário de supermercado) e uma drogaria (em nome de uma mulher, mãe de quatro filhos e beneficiária de auxílio do Governo Federal).
A polícia apurou que a drogaria realizou transações financeiras atípicas com o pastor, com uma transferência identificada de R$ 234 mil da empresa para a conta do religioso. A distribuidora de bebidas também realizou diversas transações para a facção, incluindo uma no valor de R$ 102.128,00.
As empresas apresentavam um capital social declarado de até R$ 800 mil, mas a polícia suspeita que elas estavam registradas em nome de pessoas de baixa renda, que não seriam as verdadeiras beneficiárias dos recursos. A Polícia Civil também constatou que, no endereço da drogaria, não havia estabelecimento comercial físico, reforçando a suspeita de uso do CNPJ para atividades ilegais.
O mesmo grupo criminoso é alvo da Operação Aqua Ilícita, realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Essa operação visa desarticular um esquema que prejudicava comerciantes de água mineral e inflacionava os preços para os consumidores.
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Redação
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