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O que a guerra entre Israel e Irã significa para os preços do petróleo

Avatar photo Daniel Trindade 21 de junho de 2025 6 min read
📷 Reprodução

Preço subiu 10% desde primeiros ataques israelenses; Brent poderia ultrapassar facilmente os US$ 100 por barril

Nos últimos dois anos, o Oriente Médio tem estado ainda mais tenso do que o habitual. Os houthis (organização política e militar xiita que atua no Iêmen) bombardearam navios comerciais; Israel iniciou extensas campanhas militares em Gaza e no Líbano; Irã e Israel trocaram mísseis. Ainda assim, os mercados de petróleo permaneceram calmos, já que o pior cenário possível — uma guerra total entre Israel e Irã — havia sido evitado.

Em 13 de junho, quando Israel lançou seus primeiros ataques contra instalações militares e nucleares iranianas, esse cenário passou a parecer mais real. Desde então, os inimigos têm trocado drones e mísseis. A lista de alvos passou a incluir infraestrutura energética de ambos os lados.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia a possibilidade de bombardear a planta subterrânea de enriquecimento de Fordow, no Irã; ele e o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, já estão travando uma guerra verbal. Um conflito mais amplo poderia inflamar o Golfo Pérsico, responsável por um terço da produção mundial de petróleo. Desde os primeiros ataques israelenses, o preço do Brent, referência global, subiu 10%, chegando a US$ 77 por barril. Até onde esse valor pode chegar?

Os mercados de petróleo estão enfrentando atritos. A interferência em transponders, que antes se restringia às águas próximas a um porto iraniano, agora está complicando o transporte marítimo em todo o Golfo. No dia 16 de junho, essa interferência causou a colisão de dois petroleiros na costa dos Emirados.

Tanto compradores quanto vendedores de petróleo iraniano parecem ter interrompido embarques de grande escala. Imagens de satélite indicam que as águas ao redor da Ilha de Kharg — de onde normalmente partem 90% das exportações de petróleo do Irã — estão estranhamente silenciosas, observa Antoine Halff, da empresa de dados Kayrros.

Até agora, no entanto, os danos não foram muito profundos. Israel tem atacado instalações de petróleo e gás destinadas ao consumo interno do Irã, e não suas estruturas de exportação, o que significa que pouco da oferta global foi afetada. Se isso continuar assim, os preços devem permanecer próximos dos níveis atuais. Se a intensidade dos combates diminuir, os preços podem até cair entre US$ 5 e US$ 10 por barril.

Um ataque israelense aos campos de petróleo ou às instalações de exportação do Irã teria o efeito contrário. No mês passado, a República Islâmica exportou 1,8 milhão de barris por dia de petróleo bruto, o que equivale a quase 2% da demanda global, segundo a Kpler, outra empresa de dados. Um ataque a Kharg poderia prejudicar muitas entregas. No ano passado, o Irã começou a exportar petróleo a partir de Jask, no Golfo de Omã, na tentativa de criar uma alternativa a Kharg, mas os volumes ainda são pequenos e o terminal também é vulnerável a ataques.

Nesse cenário, forças compensatórias entrariam em ação. Os vizinhos do Irã no Golfo, que formam o núcleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), têm muitos poços ociosos. Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, sozinhos, possuem de 3 milhões a 4 milhões de barris por dia de capacidade ociosa, que poderiam utilizar em caso de necessidade.

Não é certo, porém, que o fariam rapidamente, já que isso poderia ser visto pelo Irã como colaboração com Israel — o que poderia provocar retaliações. Além disso, eles não se incomodariam com uma alta nos preços, tendo tentado (sem sucesso) elevá-los durante grande parte dos últimos dois anos. Ainda assim, poderiam impor um teto abaixo de US$ 90 por barril.

Quanto mais agressivamente Israel agir e quanto maior for a probabilidade de os Estados Unidos intervirem, maior será a chance de o Irã recorrer a medidas desesperadas. Entre as mais extremas estaria a tentativa de fechar o Estreito de Ormuz – por onde passam mais de um terço do petróleo transportado por via marítima no mundo e um quinto do gás natural liquefeito.

Mesmo na “guerra dos petroleiros” da década de 1980, quando Irã e Iraque estavam em conflito e 239 navios-tanque foram bombardeados, os embarques não diminuíram e os preços se estabilizaram após um pico inicial. Para causar um impacto real, o Irã teria que bloquear completamente a rota. Isso seria um ato imprudente, especialmente porque o estreito — que liga o Golfo Pérsico ao Oceano Índico — é vital também para o próprio Irã.

Além disso, tanto os Estados Unidos (cujo presidente quer manter os preços do petróleo baixos e que têm uma frota estacionada no Bahrein, do outro lado do Golfo) quanto a China (que depende das importações de petróleo da região) provavelmente enviariam suas marinhas para garantir a navegação. Há uma razão pela qual, apesar de já ter feito essa ameaça várias vezes, o Irã nunca arriscou de fato colocá-la em prática.

No entanto, se for levado ao limite, o país pode acabar fazendo isso. Analistas dizem que o prêmio de risco atualmente embutido no preço do Brent sugere que os mercados acreditam haver uma probabilidade de 15% a 20% de uma intervenção desse tipo. Caso o Irã vá “no ponto vital”, a Arábia Saudita poderia desviar parte de suas exportações por meio de seu oleoduto leste-oeste, com capacidade de 5 milhões de barris por dia – cerca da metade da produção de petróleo do reino. Mas 85% das exportações do Iraque, assim como todas as de Bahrein, Kuwait e Catar, não têm outra rota de escoamento.

Nesse cenário, o Brent poderia ultrapassar facilmente os US$ 100 por barril. Muitas outras commodities normalmente transportadas em massa pelo estreito — de fertilizantes e alimentos a minerais e petroquímicos — também ficariam mais caras.

E há um cenário ainda pior. Muitos dos maiores locais de produção de petróleo do Golfo estão ao alcance dos mísseis iranianos. Proteger todos esses pontos é praticamente impossível — especialmente na Arábia Saudita, onde as instalações estão espalhadas por enormes distâncias. Caso o Irã bombardeasse esses locais, os preços poderiam ultrapassar US$ 120 por barril.

A queda da liderança iraniana faria os preços voltarem à normalidade? A história sugere que não. Desde 1979, ocorreram oito mudanças de regime em grandes países produtores de petróleo. O banco JPMorgan Chase estima que os preços do petróleo, em média, acabaram se estabilizando em níveis cerca de 30% mais altos do que antes dos conflitos. Na maioria dos casos, levaram meses para voltar a cair. Tudo isso significa que os mercados globais de petróleo se tornaram muito mais inflamáveis.

Fonte : Estadão


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Daniel Trindade

Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Consultor Político
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"

Tags: internacional Notícia

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