
O governador Mauro Mendes (União) alertou que caso seja aprovado no Senado o texto atual da Reforma Tributária, Mato Grosso terá um grande prejuízo e a população pagará de alguma forma a conta.
“Se vai entrar menos dinheiro, nós teremos que cortar despesas para fazer investimento, vai faltar recurso ou alguém vai ter que pagar mais imposto”, disse Mauro nesta sexta-feira (4), durante entrevista à Jovem Pan News.
Nesta quinta-feira (3), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, recebeu do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/201, que trata da reforma tributária.
Apesar de ter sido enviada com “senso de urgência”, Mauro acredita que a discussão tenha que ser tranquila e serena, para que exista transparência em todos os itens que abrange o texto da Reforma.
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“O que a gente espera agora é um debate um pouco mais profundo. A Reforma ela traz uns elementos importantes, ela pode representar um momento importante nesta relação que o Estado brasileiro tem com o cidadão com seus contribuintes, com as suas empresas e que possa haver tudo aquilo que nós sonhamos, que é um modelo mais simples, um modelo que permita mais clareza para o cidadão”, pontuou.
“É legitimo que façam essa defesa, só que temos que olhar para o conjunto maior da população brasileira, senão nós achamos que estamos fazendo um bem para esse País e não estamos. Fica parecendo “ah está tudo bonitinho, aprovamos a Reforma, olha que lindo”, só que daqui uns anos a conta vai chegar e isso pode trazer graves consequências para o País e para todos nós brasileiros”, completou.
Reforma Tributária
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/19 aprovada em definitivo pela Câmara dos Deputados estabelece a simplificação de impostos sobre o consumo e atende em partes os pleitos estaduais, incluindo ainda demandas de setores como agronegócio. Também foi ampliada a lista de setores que terão regime diferenciado. Agora, o texto precisa ser aprovado pela maioria dos 81 senadores antes de ser submetida à sanção presidencial.
O texto aprovado reduz a alíquota dos regimes favorecidos em 60% da alíquota padrão. Na prática, haverá uma carga tributária correspondente a 40% da padrão, que ainda será definida, mas é estimada em 25%.
A reforma tributária cria o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que ficará no lugar de tributos federais, como o PIS e a Cofins.
A proposta também cria um Imposto Seletivo que compensará o fim do IPI e servirá para desestimular o uso de produtos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente. O princípio da reforma é deslocar a cobrança do imposto da origem (onde a mercadoria é produzida) para o destino (onde é consumida).

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"