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Ação rápida evita que o fogo atinja outras áreas da fazenda; perícia investigará as causas do sinistro
Por Daniel Trindade
Matupá, MT – Uma colheitadeira foi completamente destruída por um incêndio em uma fazenda na zona rural de Matupá, MT, na tarde de ontem, 20 de fevereiro. A rápida ação do Corpo de Bombeiros de Guarantã do Norte foi crucial para evitar que as chamas se alastrassem e causassem danos maiores à propriedade e ao meio ambiente, demonstrando a importância da prontidão e eficiência dos serviços de emergência em áreas agrícolas, especialmente durante a época de colheita, quando o uso intenso de maquinário, aliado às altas temperaturas, à baixa umidade do ar e à presença de materiais altamente inflamáveis, como palha seca e óleo diesel, aumenta o risco de acidentes e incêndios. A ocorrência serve de alerta para a necessidade de manutenção preventiva das máquinas agrícolas, com inspeções regulares e substituição de peças desgastadas, e de adoção de medidas de segurança para evitar incêndios nas lavouras, protegendo o patrimônio dos produtores e a segurança dos trabalhadores rurais, que muitas vezes lidam com equipamentos complexos e perigosos em condições adversas.
A guarnição do 4º Núcleo de Bombeiros foi acionada por volta das 17h30 para atender à ocorrência em uma fazenda localizada na Estrada W10, uma via vicinal não pavimentada que liga Matupá a outras comunidades rurais da região, a aproximadamente 40 km de Guarantã do Norte. O chamado foi feito por um funcionário da fazenda, que avistou as chamas e acionou o Corpo de Bombeiros imediatamente. Ao chegarem ao local, os bombeiros se depararam com a colheitadeira em chamas, com o fogo consumindo rapidamente a máquina agrícola, que era utilizada para a colheita de grãos, como soja ou milho, na região, em plena safra. A cena era impressionante, com altas labaredas e uma intensa fumaça preta, composta por gases tóxicos e partículas finas, que podia ser vista a quilômetros de distância, chamando a atenção de moradores e trabalhadores de outras fazendas próximas, que temiam que o fogo se propagasse para suas propriedades, colocando em risco suas lavouras, seus animais e suas casas. A fumaça também causou transtornos para o tráfego na Estrada W10, reduzindo a visibilidade e aumentando o risco de acidentes.
A equipe iniciou o combate ao incêndio utilizando técnicas de resfriamento, que consistem na aplicação de água em grande quantidade para reduzir a temperatura e extinguir as chamas. Os bombeiros utilizaram mangueiras de alta pressão com diferentes tipos de bicos, como o fog nozzle (bico de neblina), que dispersa a água em pequenas gotas, aumentando a área de contato e a eficiência do resfriamento, e o straight stream nozzle (bico de jato direto), que lança um jato concentrado de água para atingir focos de fogo mais distantes. Além disso, os bombeiros utilizaram equipamentos de proteção individual (EPIs) de última geração, como roupas antichamas de Nomex, que resistem a altas temperaturas e protegem o corpo do calor e das chamas, capacetes com viseiras de proteção facial, que protegem o rosto e os olhos do calor e da fumaça, luvas de couro com proteção térmica e botas de borracha com solado antiderrapante, que evitam o contato com superfícies quentes e escorregadias, garantindo sua segurança durante o combate ao incêndio e evitando que se tornassem vítimas da ocorrência. Após controlar o fogo, os bombeiros realizaram o rescaldo, que é uma inspeção minuciosa da área atingida para identificar e eliminar possíveis focos de reignição, como brasas escondidas sob a palha seca ou materiais incandescentes no interior da máquina, garantindo que o incêndio não volte a se propagar e coloque em risco outras áreas da fazenda, como a vegetação nativa, as áreas de preservação permanente (APPs) ou outras construções, como silos e armazéns, que armazenam grandes quantidades de grãos e fertilizantes, aumentando o risco de explosões e incêndios de grandes proporções. O rescaldo também envolveu a remoção de materiais queimados e a aplicação de água em áreas adjacentes à colheitadeira, para evitar que o calor irradiado reacendesse o fogo.
Apesar da intensidade do fogo e dos danos materiais causados à colheitadeira, que ficou completamente destruída, com a estrutura metálica retorcida e os componentes internos carbonizados, como o motor, a cabine, os pneus e o sistema de colheita, ninguém ficou ferido no incidente. Essa é uma notícia positiva, pois o mais importante é preservar a vida e a integridade física das pessoas envolvidas. O proprietário da fazenda, que acompanhou o trabalho dos bombeiros com apreensão, expressou seu alívio por não haver vítimas e agradeceu a rapidez e eficiência da equipe, que agiu com profissionalismo e dedicação, demonstrando o valor do serviço público e a importância de investir em equipamentos e treinamento para os bombeiros, que arriscam suas vidas para proteger a sociedade. O proprietário também elogiou a coordenação entre o Corpo de Bombeiros e outros órgãos de segurança, como a Polícia Militar, que prestou apoio no controle do trânsito e na segurança da área.
O Corpo de Bombeiros conseguiu evitar que o fogo se alastrasse para outras áreas da fazenda, como plantações de soja, depósitos de defensivos agrícolas, que são altamente inflamáveis e poderiam causar uma explosão, ou outras máquinas agrícolas, como tratores e plantadeiras, minimizando os prejuízos materiais para o proprietário, que dependia da colheitadeira para realizar a colheita de sua safra e cumprir seus compromissos comerciais, como a entrega dos grãos para as cooperativas e a quitação de dívidas com bancos e fornecedores. A ação rápida e coordenada dos bombeiros demonstrou a importância do treinamento e da preparação para lidar com situações de emergência em áreas rurais, onde o acesso pode ser difícil, a comunicação precária e os recursos limitados. A ocorrência também ressaltou a importância da integração entre os órgãos de segurança e a comunidade rural, que pode colaborar com informações e apoio logístico.
A causa do incêndio ainda é desconhecida e será investigada pelas autoridades competentes, que realizarão uma perícia no local para determinar as circunstâncias em que o fogo começou. A perícia poderá envolver a análise de vestígios, como resíduos de combustível, componentes elétricos danificados, como fios e cabos, e marcas de queimaduras, e o depoimento de testemunhas, como o operador da colheitadeira, que poderá relatar o que aconteceu antes do início do fogo, e outros trabalhadores da fazenda, que poderão fornecer informações sobre as condições da máquina e o histórico de manutenção. Uma das hipóteses é que o fogo tenha começado devido a uma falha mecânica na colheitadeira, como um superaquecimento do motor, causado por falta de lubrificação ou por obstrução do sistema de arrefecimento, um vazamento de combustível, como diesel ou óleo hidráulico, que são altamente inflamáveis, ou um curto-circuito no sistema elétrico, que podem ter entrado em contato com materiais inflamáveis, como palha seca, óleo ou graxa, e iniciado o incêndio. Outra possibilidade é que o fogo tenha sido causado por uma faísca gerada pelo atrito de peças metálicas, como correias e polias, ou pelo contato de um objeto estranho, como uma pedra ou um pedaço de metal, com o escapamento quente da máquina, que atinge altas temperaturas durante o funcionamento. A perícia também poderá investigar se houve negligência na manutenção da máquina ou se alguma prática inadequada contribuiu para o início do incêndio.
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Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"