Representação com drag queens e Dionísio gera indignação e debate sobre respeito às tradições e liberdade de expressão
Por Daniel Trindade, Portal de Notícias Deixa Que Eu Te Conto
Na noite de 27 de julho de 2024, Paris, a cidade das luzes, tornou-se o foco de uma polêmica global. A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, realizada às margens do rio Sena, apresentou uma paródia do quadro “A Última Ceia” de Leonardo Da Vinci, substituindo os apóstolos por drag queens, uma modelo transgênero e um cantor nu representando Dionísio, o deus grego do vinho. A performance, que pretendia celebrar a diversidade e a liberdade de expressão, acabou por provocar uma onda de indignação e debates acalorados.
A Conferência dos Bispos Franceses não tardou a manifestar seu repúdio. Em um comunicado oficial, a entidade declarou: “Infelizmente, esta cerimônia apresentou cenas de escárnio e zombaria do Cristianismo, que deploramos profundamente.” A reação não se limitou ao clero. Marion Marechal, uma figura proeminente da política conservadora, expressou seu descontentamento nas redes sociais: “Para todos os cristãos do mundo que estão assistindo à cerimônia #Paris2024 e se sentiram insultados por esta paródia drag queen da Última Ceia, saibam que não é a França que está falando, mas uma minoria pronta para qualquer provocação.”
O italiano Matteo Salvini, outro político conservador, também criticou a abertura: “Abrir os Jogos Olímpicos insultando milhares de milhões de cristãos no mundo foi realmente um péssimo começo, queridos franceses.” Até mesmo o bilionário Elon Musk, que recentemente se alinhou a posições mais conservadoras, considerou a performance “extremamente desrespeitosa para com os cristãos”.
Por outro lado, progressistas, que defendem mudanças sociais e políticas para promover igualdade e justiça, aplaudiram a cerimônia como uma celebração da diversidade e da liberdade de expressão. Thomas Jolly, o diretor artístico do evento, defendeu a apresentação: “Na França, as pessoas são livres para amar como quiserem, são livres para amar quem quiserem, são livres para acreditar ou não.”
Liberais, que defendem a liberdade individual e a economia de mercado, também se posicionaram a favor da cerimônia, argumentando que a liberdade de expressão é um valor fundamental que deve ser protegido. David Aaronovitch, apresentador da BBC Radio 4, comentou sobre a controvérsia: “Parece que todo mundo se ofende. Leonardo é uma das imagens mais famosas do mundo ocidental e foi copiado, parodiado e alterado dezenas de milhares de vezes.”
Os anarcocapitalistas, que defendem a liberdade individual e a rejeição à intervenção estatal, também viram a cerimônia de forma positiva. Philippe Katerine, o homem azul nu na cena, resumiu a situação com uma pitada de ironia: “Não seria divertido se não houvesse polêmica. Não seria chato se todos concordassem neste planeta?”
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris de 2024 ficará marcada não apenas pela celebração do esporte, mas também pelo debate acalorado sobre liberdade de expressão e respeito às tradições.
Com informações da Reuters.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Consultor Político
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"







