Por Daniel Trindade, do Portal de Notícias Deixa Que Eu Te Conto
Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) desvendou um esquema alarmante envolvendo Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação aponta que CACs estariam fornecendo armas e treinamento para membros do PCC, visando a realização de ataques violentos conhecidos como “Novo Cangaço”.
O caso veio à tona após um ataque em Confresa, Mato Grosso, onde um dos criminosos presos tinha ligação direta com o PCC e residia em São Paulo. A partir desse incidente, as autoridades descobriram que um grupo de CACs estava abastecendo a facção com armas e munições, utilizadas em diversos ataques pelo país.
Até o momento, 18 pessoas foram denunciadas. A investigação revelou que os CACs estariam treinando membros da facção no manuseio de armas de alto poder destrutivo, preparando-os para ações como roubos a bancos, assaltos a carros-forte e ataques a cidades.
O delegado da Polícia Federal, Jeferson Di Schiavi, alertou sobre a facilidade com que os CACs adquirem armas e munições, facilitando a proliferação desses crimes. O promotor de Justiça Eduardo Veloso acrescentou que o grupo também é investigado por execuções em Avelino Lopes (PI) e disputas territoriais para o tráfico de drogas em Osasco (SP).
A organização criminosa estaria envolvida em ataques semelhantes em outras cidades brasileiras, como Criciúma (SC), Guarapuava (PR) e Araçatuba (SP), demonstrando uma atuação em escala nacional, com base em São Paulo e grupos ativos no Norte e Nordeste do país.
Esta revelação levanta sérias questões sobre o controle de armas no Brasil e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa sobre os CACs para prevenir o desvio de armamentos para organizações criminosas.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"