
Foto: Reprodução
Polícia Civil desarticula grupo que utilizava redes sociais para promover jogos de azar ilegais e lavar dinheiro em Mato Grosso.
Por Redação
A Polícia Civil deflagrou a Operação Tiger Hunt em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, resultando na prisão do influenciador digital Luiz Gustavo Almeida, de 26 anos, conhecido como “Guusta06”. Almeida é apontado como parte de um grupo criminoso investigado por lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsidade ideológica e exploração de jogos de azar ilegais, com destaque para a promoção do popular ‘Jogo do Tigrinho’.
Nas redes sociais, Luiz Gustavo se apresentava como “gamer profissional”, investidor esportivo e jogador de slots, exibindo um estilo de vida de luxo que incluía passeios em jet-skis, lanchas e carros de alto padrão. Essa ostentação, inclusive, se tornou uma das evidências do enriquecimento ilícito, com a mesma moto aquática apreendida pela polícia aparecendo em diversas de suas postagens. Momentos antes da prisão, ele chegou a gravar um vídeo jogando em uma plataforma online, vangloriando-se de ganhos rápidos e sugerindo a eficácia do método.
A ação policial resultou no cumprimento de quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. A Justiça também determinou o sequestro de bens móveis e imóveis, a quebra de sigilo bancário e telefônico dos envolvidos, e a suspensão das atividades econômicas das empresas ligadas ao esquema.
As investigações, conduzidas ao longo de cinco meses pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cáceres, revelaram um engenhoso esquema de fraude. Por intermédio de influenciadores digitais, o grupo criminoso lançava diariamente novas plataformas de jogos online ilegais, como o “Jogo do Tigrinho” (Fortune Tiger). Eles incentivavam seguidores a apostar, exibindo vídeos onde mostravam ganhos fictícios, obtidos em poucos segundos e com baixos valores de aposta.
Constatou-se que os investigados utilizavam uma versão de demonstração dos jogos, munida de senhas programadas para exibir resultados sempre vitoriosos, o que não correspondia à realidade das apostas. Esses “ganhos” serviam como isca para atrair mais apostadores. As investigações também apontaram que a organização adquiria CPFs de pessoas vulneráveis, pagando entre R$ 50 e R$ 100, forçando-as a cadastrar contas em bancos digitais para serem usadas nos sites de apostas e, consequentemente, na lavagem do dinheiro proveniente das empresas das quais eram sócios-proprietários.
O avanço das apurações permitiu constatar um aumento expressivo no patrimônio dos investigados, que passaram a adquirir veículos de luxo, imóveis, moto aquática, joias, além de realizar viagens a destinos turísticos e frequentar restaurantes caros, ostentando uma vida financeira inacessível para a maioria da população.
A operação Tiger Hunt insere-se no planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso, como parte da operação Inter Partes, integrante do programa “Tolerância Zero” do Governo do Estado. A iniciativa reforça a intensificação do combate às organizações criminosas em todo o território mato-grossense.
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