
“Enquanto os trabalhadores sofrem com atrasos e incertezas, Randall ostenta uma gestão de sombras e silêncio. Até quando a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop permitirá que a crise se repita?”
por Daniel Trindade
A gestão de Wellington Randall Arantes à frente do Hospital Santo Antônio tem sido marcada por uma sucessão de crises, denúncias e uma administração que, ao longo dos anos, demonstrou total falta de transparência e compromisso com os trabalhadores e a população. A cada novo escândalo, a mesma narrativa se repete : atrasos salariais, falta de pagamento de benefícios, ausência de depósitos do FGTS e um silêncio absoluto por parte da diretoria da Fundação de Saúde Comunitária de Sinop, que nunca se manifesta publicamente. Randall segue no comando sem que ninguém questione seu poder, enquanto a instituição afunda em dívidas e os funcionários sofrem as consequências de uma gestão desastrosa.
A situação se tornou ainda mais grave com as informações que circulam dentro do próprio hospital. A possibilidade de a instituição decretar falência para fugir das responsabilidades financeiras e trabalhistas tem causado pânico entre os colaboradores. O plano seria criar um novo CNPJ, eliminando dívidas e transferindo a operação para outra razão social, deixando centenas de trabalhadores sem qualquer garantia. Essa manobra, caso confirmada, seria um dos maiores golpes já vistos contra os direitos dos funcionários, que há décadas enfrentam a mesma realidade de descaso.
A falta de transparência na gestão de Randall não é novidade. A cada novo problema, surgem desculpas e promessas de solução que nunca se cumprem. No entanto, o hospital segue recebendo milhões de reais em repasses do Governo Federal e Estadual. O Ministério da Saúde já confirmou que os valores estão sendo enviados regularmente e que os recursos para custeio estão disponíveis. O hospital também atende convênios particulares, como a Unimed, o que garante outra fonte de receita. Se há dinheiro entrando, por que os funcionários continuam sem receber? Para onde estão indo esses recursos? Quem está se beneficiando dessa crise?
O histórico de Randall na administração hospitalar é repleto de polêmicas. Sua atuação à frente do Hospital Santo Antônio se tornou uma repetição do que já ocorreu no passado, quando esteve envolvido em outras gestões problemáticas. Quando a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop assumiu a administração do antigo Pronto Atendimento de Sinop, transformado posteriormente no Hospital Regional, a promessa era de melhorias e eficiência. O que se viu, no entanto, foi o mesmo cenário de atrasos, denúncias e irregularidades. O mesmo modelo de gestão que afundou o PA foi replicado no Santo Antônio, e agora, novamente, a solução parece ser fugir das responsabilidades em vez de resolvê-las.
Diante dessa situação, a indignação da população cresce, mas a diretoria da fundação segue calada. Quem são os diretores que mantêm Randall no comando? Por que nunca aparecem publicamente para prestar esclarecimentos? Como é possível que, mesmo com tantos problemas e denúncias, ele continue sendo a única figura a decidir os rumos da instituição? A ausência de prestação de contas levanta suspeitas ainda maiores sobre os reais interesses por trás dessa administração.
Nas redes sociais, Randall ostenta uma vida de luxo, enquanto dentro do hospital a realidade dos trabalhadores é de precariedade e desespero. Relatos de ex-colaboradores apontam que, mesmo após deixarem a instituição, nunca tiveram seus FGTS depositados. Essas informações desmentem completamente a versão apresentada por Randall em reuniões com vereadores, onde garantiu que as pendências estavam sendo resolvidas. O que se vê na prática é o contrário : um hospital mergulhado em dívidas, funcionários sem receber e uma administração que foge de qualquer tipo de responsabilidade.
A reunião marcada para esta segunda-feira (03) com a diretoria da fundação gera grande expectativa, mas até agora, nenhum membro da diretoria se manifestou publicamente sobre o que será discutido. A possibilidade de afastamento de Randall é cogitada, mas a falta de transparência levanta dúvidas se essa será realmente uma decisão concreta ou apenas mais um adiamento das soluções necessárias. A grande questão é : quem está protegendo Randall dentro da fundação? O que está por trás dessa blindagem?
A crise no Hospital Santo Antônio não é apenas um problema administrativo, mas sim um reflexo de uma gestão que, há anos, se mantém baseada em omissão, promessas vazias e total desrespeito aos trabalhadores e à população. Os recursos chegam, os repasses acontecem, mas os problemas nunca são resolvidos. Até quando essa situação vai continuar? Quem vai exigir respostas?
A cidade de Sinop não pode aceitar que essa crise seja varrida para debaixo do tapete mais uma vez. Se a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop pensa em decretar falência para fugir das dívidas, a sociedade precisa reagir antes que esse golpe seja concretizado. É hora de exigir que os responsáveis prestem contas e que a verdade venha à tona. O que está acontecendo nos bastidores do Hospital Santo Antônio não pode mais ser ignorado.
confira os comentarios das redes sociais:

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"