
por Daniel Trindade, Portal de Notícias Deixa Que Eu Te Conto
Geovana Costa Martins, de 20 anos, a babá encontrada morta em Manaus, estava sendo explorada sexualmente, ameaçada e mantida em cárcere privado por sua patroa, Kamila Barroso, conforme informações da Polícia Civil.
Kamila foi presa na noite de quarta-feira (28/8), sob suspeita de envolvimento na morte de Geovana. A jovem estava desaparecida desde 19 de agosto, e seu corpo foi encontrado no dia seguinte, no bairro Tarumã, Zona Oeste da capital. A identificação pela família só ocorreu no domingo (25/8).
Segundo a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Geovana apresentava sinais de espancamento em seu corpo.
Em uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (29/8), a delegada Marília Campello, responsável pelo caso, revelou que Kamila Barroso utilizava sua residência como ponto de prostituição, onde Geovana era obrigada a realizar programas sexuais.
“Ela foi atraída por uma vida de festas e bebidas, mas depois Kamila a forçou a permanecer na casa. Mesmo querendo sair, Geovana era impedida e explorada sexualmente”, explicou a delegada.
A polícia também informou que outras jovens eram vítimas de exploração sexual no local, mas Geovana era a única que vivia de forma permanente na casa.
Ligação com o Tráfico
A delegada Marília Campello também revelou que Kamila impedia Geovana de manter contato com outras pessoas, incluindo seu ex-namorado. A patroa ameaçava a jovem, afirmando que, se tentasse sair, ela chamaria “o pessoal do tráfico” para machucá-la.
Kamila se apresentava como ex-esposa de Mano Kaio, um dos líderes do tráfico de drogas no Amazonas, atualmente foragido no Rio de Janeiro, para manter Geovana sob controle.
Além de Kamila, a investigação apontou a participação de Eduardo Gomes da Silva no assassinato. Ele está sendo procurado pela Polícia Civil do Amazonas.
Mãe da Vítima Desconhecia a Situação da Filha
Márcia Costa, mãe de Geovana, afirmou que a filha trabalhava para Kamila há cerca de um ano, mas nunca mencionou qualquer problema com a patroa.
“Até agora não sabemos de nada. Ela nunca me contou nada. É um sofrimento imenso saber que minha filha estava trabalhando para alguém e depois descobrir que ela está morta. Só queremos que a justiça seja feita e que a pessoa responsável pague pelo que fez. Eu só quero entender por que tiraram a vida da minha filha,” lamentou a mãe.

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"