
Ex-presidente avalia lançar esposa como candidata e aborda desafios legais e políticos
Por Daniel Trindade
Em meio a um cenário político conturbado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu a possibilidade de lançar sua esposa, Michelle Bolsonaro, como candidata à presidência nas eleições de 2026. Durante entrevista à CNN, ele afirmou que não vê problemas nessa possibilidade, desde que possa ocupar o cargo de Ministro da Casa Civil caso ela seja eleita.
Bolsonaro, inelegível até 2030 devido a condenações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), discute alternativas para manter sua influência política. Além de Michelle, ele mencionou seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), como um potencial candidato, destacando suas habilidades como articulador político. O cantor sertanejo Gusttavo Lima também foi citado, com Bolsonaro sugerindo que poderia ser um bom nome para o Senado devido à sua popularidade, mas ponderou sobre sua maturidade para concorrer à presidência.
O ex-presidente também comentou sobre outros potenciais candidatos à presidência. Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, foi descrito como um excelente gestor, embora Bolsonaro tenha enfatizado a necessidade de avaliar sua prontidão para representar a direita nacionalmente. Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, foi reconhecido por sua boa avaliação dentro do estado, mas Bolsonaro observou que sua aceitação pode ser limitada fora de Goiás. Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, foi considerado um bom administrador, mas com uma influência mais restrita ao seu estado. Já Pablo Marçal (PRTB), empresário, foi apontado como tendo potencial, embora Bolsonaro tenha sugerido que ele precisa se controlar melhor. Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná, foi descrito como um bom gestor e um potencial nome para a direita, mas Bolsonaro mencionou que não discute o assunto com ninguém.
A política de imigração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também foi abordada. Bolsonaro demonstrou apoio às medidas de Trump, destacando a importância do controle das fronteiras. Ele ressaltou que, se estivesse na mesma posição, adotaria uma política semelhante.
Em relação a um suposto plano revelado pela Polícia Federal, que teria como alvo o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, Bolsonaro negou qualquer envolvimento. Ele classificou o plano, elaborado por um ex-assessor, como impraticável devido à forte segurança que essas autoridades possuem, reforçando que qualquer responsabilidade deve recair sobre o autor do documento.
Bolsonaro enfrenta investigações em várias frentes, incluindo a tentativa de golpe de Estado e fraude em cartões de vacina. Apesar disso, ele reafirmou seu compromisso de não deixar o Brasil, mesmo com a negativa do STF para sua viagem aos Estados Unidos para a posse de Trump.
O ex-presidente defendeu a aprovação de um projeto de lei no Congresso que anistiaria envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, comparando a situação brasileira com o cenário pós-Capitólio nos Estados Unidos.
Bolsonaro expressou satisfação com o alinhamento de Trump com os CEOs das grandes empresas de tecnologia, vendo isso como um passo positivo para a liberdade de expressão. Ele destacou que, durante seu mandato, o Brasil manteve um relacionamento sólido com os Estados Unidos.

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"