
“Mexer no time vencedor é um risco; acertar o jogo agora é a única forma de garantir o placar final.”
por Daniel Trindade
Reeleito com ampla aprovação, o prefeito de Sinop, Roberto Dorner (PL), embalou sua campanha com a frase que se tornou o símbolo de sua estratégia: “Em time que ganha não se mexe”. O discurso de continuidade e estabilidade atraiu a confiança do eleitorado, que o reconduziu ao cargo com a expectativa de que o time vencedor continuasse jogando sem grandes mudanças.
No entanto, bastou o período pós-eleição chegar para surgirem rumores de alterações em secretarias estratégicas, deixando no ar uma pergunta inevitável: afinal, o time estava bom ou há peças que precisam ser trocadas?
Nos bastidores, nomes de possíveis substituições começaram a circular em pastas como Saúde, Obras, Assistência Social, Trânsito, Desenvolvimento Urbano, Procuradoria e Meio Ambiente, o que gera especulação entre apoiadores e a população. Uma das situações que tem chamado atenção é o suspense em torno da divulgação oficial dos nomes que serão substituídos e dos novos indicados. Esse silêncio estratégico por parte da gestão tem gerado curiosidade e, em alguns setores, até apreensão.
Durante a campanha, Dorner destacou as conquistas de sua primeira gestão, incluindo melhorias na infraestrutura, avanços na saúde e investimentos em educação. A narrativa funcionou, levando os eleitores a acreditarem que o caminho trilhado era o certo e que as peças do time estavam alinhadas. Por isso, a possibilidade de mudanças em um cenário que, na teoria, estava “vencendo”, gera um sentimento de contradição e desconfiança.
O discurso de “não mexer no time” tem peso não apenas simbólico, mas político. Mexer nas peças agora pode transmitir a mensagem de que nem tudo funcionava tão bem como anunciado durante a campanha. Por outro lado, a substituição de secretários pode ser vista como uma tentativa de aprimorar a gestão e imprimir um novo ritmo de trabalho, algo que é esperado pela população para o segundo mandato.
Aliados mais próximos defendem que qualquer ajuste deve ser interpretado como um gesto técnico, visando melhorias nos serviços e respostas mais rápidas às demandas da cidade. Críticos, porém, acreditam que as mudanças são um reflexo de pressões políticas e acordos eleitorais que começam a se concretizar.
O suspense em torno dos novos nomes também tem alimentado um clima de expectativa e especulação. Quem ficará? Quem sairá? E, principalmente, quem são os possíveis novos secretários que terão a missão de atender às expectativas da população? São perguntas que, até o momento, seguem sem resposta oficial, mas que prometem mexer com os bastidores políticos da cidade.
O desafio de Dorner agora é equilibrar o discurso com a prática. A população de Sinop votou pela continuidade de um projeto que foi apresentado como vencedor e eficiente. Se mudanças forem feitas, o prefeito precisará provar que elas trarão resultados positivos e não significarão um recuo em relação às conquistas do primeiro mandato.
Afinal, em um jogo político tão competitivo como a gestão de um município, mexer no time vencedor é um risco que só se justifica se o resultado final for ainda melhor. Dorner terá que mostrar que qualquer alteração é para reforçar a equipe, e não para comprometer a confiança de quem apostou nele mais uma vez. Enquanto isso, o suspense persiste, deixando toda a cidade atenta aos próximos passos da administração.

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"