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Em meio à polêmica, prefeitura de São Paulo lança sistema para exibir prisões em tempo real, enquanto defensoria critica a medida e o uso da tecnologia no Carnaval.
Da Redação
São Paulo, SP – A Prefeitura de São Paulo inaugurou na última terça-feira (25) o “prisômetro”, um painel que promete exibir em tempo real o número de prisões efetuadas na capital paulista através do sistema Smart Sampa. A iniciativa, que utiliza câmeras de segurança com reconhecimento facial para identificar suspeitos, foragidos e pessoas desaparecidas, ganhou destaque nesta sexta-feira em meio a críticas da Defensoria Pública sobre o uso da tecnologia durante o Carnaval.
Inspirado no “impostômetro”, que contabiliza os impostos arrecadados no país, o “prisômetro” visa, segundo a prefeitura, dar transparência às ações de segurança na cidade. A Defensoria Pública, no entanto, questiona o uso do reconhecimento facial nos blocos de Carnaval, alegando que a medida pode violar o direito de livre manifestação dos foliões e a segurança da população.
Em ofício enviado ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), a Defensoria pediu a suspensão do uso da tecnologia durante o Carnaval, solicitando ainda um registro transparente e auditável de todas as decisões sobre o uso do reconhecimento facial. A Defensoria se baseia em uma recomendação da ONU e expressa preocupação com a possibilidade de que a Polícia Militar invada blocos de rua para “caçar” pessoas, colocando em risco a segurança dos foliões.
O prefeito Ricardo Nunes criticou a posição da Defensoria, afirmando que a instituição deveria defender a população contra criminosos. “É um verdadeiro absurdo você ter a Defensoria Pública, que é uma instituição tão importante, que cuida dos mais vulneráveis, e não defender a população contra os criminosos”, declarou Nunes durante a inauguração do “prisômetro”.
Especialistas em segurança pública também se manifestaram sobre a iniciativa. Para Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número absoluto de prisões, sem contextualização, diz pouco à população e pode gerar uma falsa sensação de segurança. Alcadipani defende que seria mais informativo divulgar o número de ocorrências criminais registradas, pois a efetividade de uma política de segurança se mede pela redução da criminalidade.
O sistema Smart Sampa, que utiliza mais de 23 mil câmeras com reconhecimento facial espalhadas pela cidade, já capturou 208 foragidos da Justiça em 2025, segundo a prefeitura. No entanto, o projeto tem sido alvo de questionamentos, inclusive do Tribunal de Contas do Município (TCM), sobre a coleta e o compartilhamento de dados das pessoas filmadas.
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