Ele deu a declaração durante um discurso em evento na cidade de Parintins, no interior do Amazonas. Petista também se queixou de ter que andar em carro blindado. Ele pediu desculpas a apoiadores por forte esquema de segurança que o impediu de cumprimentá-los.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta sexta-feira (4) ameaças contra a sua vida e afirmou não ter “medo de cara feia”.
Ele deu a declaração durante discurso em um evento na cidade de Parintins, no interior do Amazonas.
“Vocês vão ler a notícia hoje, vocês vão ter notícia de que a Polícia Federal prendeu um cidadão em Santarém (PA) que disse que ia me matar hoje quando eu chagasse lá. Ele está preso. Há boatos de que em Belém também tem um cidadão que diz que ia matar. Se eu tivesse medo, eu não tinha nascido. Se eu tivesse medo, eu não era presidente da República. Eu aprendi com a minha mãe a não ter medo de cara feia. Cachorro que late não morde. Portanto, vou fazer deste país um país civilizado”, afirmou.
Lula foi a Parintins para relançar o programa Luz Para Todos, que visa ampliar o acesso da população à energia elétrica. A previsão do governo é beneficiar até 500 mil famílias nesta nova fase do programa, que foi criado em 2003, no primeiro mandato de Lula.
Queixas a esquema de segurança
No pronunciamento, Lula também se queixou do esquema de segurança, que, segundo ele, o impediu de cumprimentar apoiadores durante deslocamento entre o aeroporto e o local do evento.
O petista criticou o fato de ter de andar em veículo blindado, com vidros escurecidos. Ele disse que, dentro do carro, sentiu-se como se estivesse “dentro de um presídio”.
“Eu desço no aeroporto, me colocam dentro de um carro blindado, vidro fumê, tinha insufilme, eu não consigo ver ninguém e ninguém consegue me ver. Mulheres, homens e crianças na rua, fazendo uma sacrifício enorme para olhar, se conseguir enxergar a gente, e eu dentro de um carro como se estivesse dentro de um presídio. Então, eu quero pedir desculpas de coração”, afirmou Lula.
O presidente afirmou ainda que a situação não “se repetirá”. “Quando a gente é candidato, normalmente a gente anda de carro aberto, com os dentes arreganhados, abanando a mão para vocês. Quando a gente ganha, coloca a gente dentro de um carro blindado, insulfilm, nem vocês veem eu, nem eu vejo vocês”, disse.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"