
Foto: Reprodução
Pesquisa do CRF-MT identifica regiões com maior incidência da doença e aponta para a necessidade de ações de prevenção focadas nas comunidades indígenas.
Da Redação
Um estudo do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT) identificou as regiões Norte, Noroeste e Oeste do estado como áreas de alto risco para a malária. A pesquisa, que analisou dados de 2011 a 2021, aponta que municípios como Colniza, Aripuanã e Pontes e Lacerda apresentam os maiores índices de incidência da doença.
O levantamento, publicado na revista científica Lium Concilium e coordenado pelo Dr. Victor Vitorino Lima, com coorientação da Dra. Josilene, da UFMT Campus Araguaia, revelou que a população indígena de Mato Grosso apresenta um risco duas vezes maior de contrair malária em comparação com os demais habitantes.
Ao longo do período analisado, foram registrados 20.819 casos da doença, com maior incidência entre homens e pessoas com baixa escolaridade. Os dados foram obtidos a partir de fontes oficiais, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP-Malária).
A pesquisa associa a maior incidência da malária às condições socioeconômicas das regiões afetadas, que apresentam baixo IDH e carência de saneamento básico e infraestrutura. A transmissão da doença ocorre pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo protozoário Plasmodium. Os sintomas incluem febre alta, calafrios e dores de cabeça.
O estudo destaca que, apesar dos esforços do governo federal por meio do Plano Nacional de Eliminação da Malária, o número de casos em Mato Grosso não apresentou redução significativa no período analisado.
A pesquisa também ressalta a influência de atividades como ecoturismo, pesca esportiva e desmatamento na exposição da população aos mosquitos transmissores. O estudo conclui que são necessárias ações de prevenção e controle da malária, como a distribuição de mosquiteiros e o monitoramento constante das áreas de risco, com foco nas comunidades mais vulneráveis.
Com informações do RDNews.
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