Letalidade da doença em Mato Grosso atinge 66% em 2024
Três, de quatro pessoas infectadas, não resistiram às complicações da leishmaniose e morreram em Mato Grosso este ano, conforme dados do Ministério da Saúde. A leishmaniose é uma doença parasitária, considerada uma zoonose, transmitida por um inseto vetor conhecido como mosquito-palha, que afeta tanto humanos quanto cães. Atualmente, não há vacina disponível no mercado.
O Brasil tinha apenas uma vacina contra a doença, a Leish-Tec, cuja produção e venda foram suspensas em maio do ano passado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. A medida foi tomada após a identificação de que lotes da vacina apresentavam degradação do antígeno, o componente que induz a imunidade nos animais, o que poderia representar risco à saúde animal e humana.
Nos últimos cinco anos, Mato Grosso registrou 67 casos de leishmaniose, sendo 77,61% dos pacientes homens. Desde 2021, houve um aumento nos registros: 9 casos em 2021, 15 em 2022 e 18 em 2023. Porém, 2024 se destaca como o ano com maior taxa de mortalidade, atingindo 66%, enquanto a média entre 2020 e 2023 era de cerca de 11%.
Os municípios com mais casos registrados em humanos ao longo desse período foram Rondonópolis (29), Barra do Garças (7), Várzea Grande (4) e Chapada dos Guimarães (3). Este ano, os casos ocorreram em Alto Taquari, Barra do Garças, Rondonópolis e Água Boa.
A leishmaniose, transmitida por parasitas do gênero Leishmania, é uma preocupação crescente no Brasil e em várias partes do mundo. Cães infectados atuam como “reservatórios” do parasita, e a presença de matéria orgânica em decomposição cria um ambiente propício para a reprodução do mosquito-palha. Em áreas silvestres, raposas e gambás também são hospedeiros do parasita, aumentando o risco de transmissão para humanos.
Embora a leishmaniose canina não tenha cura, existe tratamento. Os principais sintomas em cães incluem crescimento exagerado das unhas, perda de peso, feridas nas orelhas e cotovelos, além da dificuldade em engordar mesmo com a alimentação normal. O diagnóstico precoce e a adoção de medidas preventivas, como o uso de repelentes, telas de proteção em casa e coleiras repelentes, são essenciais para proteger tanto os cães quanto os humanos.
Fonte : PB Online
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"