
Paciente com dor crônica terá troca de neuroestimulador ainda hoje em Cuiabá, após decisão que impôs multa de R$ 5 mil por descumprimento.
Da Redação
A Justiça de Mato Grosso determinou que um plano de saúde autorize, em até 48 horas, a realização de uma cirurgia de urgência em uma paciente de Sinop que sofre com dor crônica incapacitante. O procedimento consiste na substituição de um neuroestimulador lombar inoperante e na implantação de um novo aparelho na região torácica.
O neuroestimulador medular é indicado para casos de dor neuropática intratável. Posicionado próximo à medula espinhal, o dispositivo emite impulsos elétricos que bloqueiam sinais de dor antes de chegarem ao cérebro. O método é prescrito quando tratamentos convencionais, como medicamentos, fisioterapia e bloqueios, deixam de apresentar resultados.
Relatórios médicos anexados ao processo apontam que a paciente apresenta crises constantes, dificuldade de locomoção e risco de sequelas irreversíveis. A demora no tratamento já teria provocado agravamento do quadro psiquiátrico, com episódios de depressão severa e ideação suicida. A decisão prevê multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento. A cirurgia será realizada em Cuiabá ainda nesta quinta-feira (26), sob acompanhamento de especialistas em dor, neurocirurgia e ortopedia. A paciente já se encontra na capital mato-grossense para o procedimento.
A implantação ou substituição do neuroestimulador medular é considerada uma cirurgia minimamente invasiva, mas de alta complexidade. Durante o procedimento, os médicos inserem eletrodos próximos à medula espinhal, conectados a um gerador implantado sob a pele. O dispositivo emite impulsos elétricos de baixa intensidade que bloqueiam a transmissão dos sinais de dor antes que cheguem ao cérebro. No caso da paciente de Sinop, a cirurgia envolve duas etapas simultâneas: a retirada do equipamento anterior, que deixou de funcionar, e a colocação de um novo dispositivo na região torácica, ajustado para oferecer melhor cobertura das áreas afetadas.
Estudos indicam que o uso do neuroestimulador pode proporcionar significativa melhora da qualidade de vida, com redução da dor, maior mobilidade e diminuição da necessidade de analgésicos potentes. Após a cirurgia, o paciente passa por um período de recuperação em que a equipe médica ajusta a programação do aparelho conforme a resposta individual. Além do neurocirurgião, participam do processo especialistas em dor, ortopedia, fisioterapia e psiquiatria, já que o tratamento impacta diretamente na saúde física e emocional.

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