
Bloco busca ampliar influência no cenário nacional, enquanto oposição debate estratégias e alianças.
Da Redação
As eleições de 2026 se aproximam em um cenário marcado pela indefinição da direita, órfã de uma liderança incontestável após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, e pelo crescente desgaste do governo Lula. Nesse contexto, o Centrão se posiciona como um ator estratégico, buscando ampliar sua influência no Congresso Nacional e nos governos estaduais. Após o bom desempenho nas eleições municipais de 2024, impulsionado em parte pelo apoio da direita, o bloco mira as próximas eleições com o objetivo de consolidar seu poder. A ausência de um líder consolidado na direita e a queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abrem espaço para o Centrão negociar apoios em ambos os lados e influenciar a composição das chapas.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, reconhece a tendência de fragmentação da direita caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não entre na disputa presidencial. Essa pulverização de candidaturas aumenta o poder de barganha do Centrão.
Paralelamente, o bloco busca consolidar as alianças construídas nas eleições municipais de 2024. O levantamento do Poder360 mostra a teia de coligações do PL com partidos como PP, União Brasil, MDB, PSD e Republicanos. Essa proximidade com a base bolsonarista foi importante para o resultado eleitoral dessas legendas.
Com a possibilidade de partidos deixarem a base governista, a tendência é que essas alianças se fortaleçam, impulsionando o Centrão nas eleições para o Congresso e governos estaduais.
O cientista político Elton Gomes, da Universidade Federal do Piauí, destaca que a indefinição da candidatura da direita em 2026 cria um ambiente favorável para o Centrão aumentar seu poder de barganha e elevar o custo de seu apoio.
A ausência de um nome forte na direita permite que o Centrão imponha mais exigências para apoiar qualquer candidatura, aproveitando a necessidade dos demais atores políticos em busca de alianças.
A formação de alianças para as eleições de 2026 divide a oposição. Alguns defendem a união como forma de derrotar o PT, enquanto outros alertam para a necessidade de estabelecer condições claras para essa aproximação.
O deputado Domingos Sávio (PL-MG) defende a união de liberais e conservadores para derrotar a esquerda. Já Maurício Marcon (Podemos-RS) condiciona as alianças à ausência de Bolsonaro na disputa.
Ricardo Salles (Novo-SP) defende que qualquer aliança com o Centrão deve ocorrer sob os termos da direita, com o apoio às suas bandeiras. Marcel Van Hattem (Novo-RS) acredita que o cenário econômico será determinante na decisão do Centrão.
O cientista político Adriano Cerqueira, do Ibmec de Belo Horizonte, define o Centrão como um bloco de centro-direita com atuação pragmática, adaptando-se ao cenário político.
Cerqueira avalia que o sucesso do Centrão em 2024 foi impulsionado pelo bom desempenho da centro-direita e da direita, com o PL se destacando.
Enquanto negocia com a direita, o Centrão busca ampliar sua participação no governo Lula, em troca de apoio no Congresso.
A Gazeta do Povo noticiou que o Centrão pretende ocupar mais cargos na Esplanada dos Ministérios, sem se comprometer com uma aliança com o PT para 2026.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) pode ser deslocado para tentar manter o apoio de partidos como MDB e PSD, em meio ao desgaste da popularidade de Lula.
Com informações da Gazeta do Povo.
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