
por Daniel Trindade, Portal de Notícias Deixa Que Eu Te Conto
O Partido Novo decidiu usar o Fundo Eleitoral nas eleições municipais de outubro. Desde o registro do partido em 2015, a utilização de dinheiro público era rejeitada. O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, justificou a mudança dizendo: “Decidimos usar as mesmas armas dos nossos adversários, mas com uma divisão técnica e transparente dos recursos.”
Os critérios estabelecidos pelo Novo para o uso das verbas de campanha incluem a distribuição proporcional aos eleitores e ao tamanho das listas de candidatos nas cidades e estados. Além disso, candidatos e diretórios que conseguirem mais doações privadas receberão uma proporção maior dos fundos.
O Fundo Eleitoral, financiado pelo Tesouro Nacional, foi criado em 2017 para compensar a proibição de doações de empresas para campanhas eleitorais, imposta pelo STF em 2015. Ele é destinado aos partidos em anos eleitorais para financiar campanhas de seus candidatos, cobrindo gastos como viagens, cabos eleitorais e material de divulgação.
Além do Fundo Eleitoral, há o Fundo Partidário, distribuído mensalmente aos partidos para custear despesas diárias, como contas de luz, água e aluguel. Esse fundo é composto por uma mistura de verba pública e doações privadas, incluindo dotações orçamentárias da União, multas, penalidades e outros recursos previstos pela Lei 9.096/95. O Congresso permitiu que esses recursos também sejam usados para impulsionar conteúdo na internet, comprar passagens aéreas para não-filiados e contratar advogados e contadores.
Em março do ano passado, o Novo aprovou o uso do Fundo Partidário, permitindo a utilização dos rendimentos de R$ 106 milhões aplicados em renda fixa no Banco do Brasil. Desde a formalização do partido em 2015, esses recursos aumentaram significativamente em 2018, quando o Novo elegeu oito deputados federais. Caso devolvesse o dinheiro ao Tesouro, ele seria redistribuído entre outros partidos. Por isso, os dirigentes decidiram manter os repasses aplicados até definir um novo uso para a verba.
Projeções dos cientistas políticos Henrique Cardoso Oliveira e Jaime Matos, da Fundação 1º de Maio, indicam que o PL receberá R$ 863 milhões, o PT R$ 604 milhões e o Novo R$ 43 milhões para financiar suas campanhas eleitorais.
com informações do Poder 360

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"