Por Daniel Trindade
No último domingo (24), a chacina ocorrida em Sorriso, a 420 km ao norte de Cuiabá, completou um ano. O crime chocante resultou na morte de Clecy Cardoso e suas três filhas, assassinadas por Gilberto dos Anjos, um pedreiro que trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas. Apesar de ter sido preso três dias após o crime, Gilberto ainda não tem data de julgamento marcada.
Na noite de 24 de novembro de 2023, Gilberto invadiu a casa da família através de uma janela do banheiro. Ele atacou Clecy com uma facada no pescoço e, posteriormente, dirigiu-se ao quarto onde matou Miliani, de 19 anos, e Manuela, de 13 anos, utilizando o mesmo método. Melissa, de 10 anos, foi a última a ser morta, por asfixia. Durante o ataque, o agressor cometeu estupro contra Clecy e as duas filhas mais velhas.
Gilberto dos Anjos, que confessou os crimes, está sendo acusado de homicídio, estupro e estupro de vulnerável. Além disso, ele enfrenta acusações de feminicídio em relação a Clecy e Miliani, com o agravante de ter assassinado duas menores de 14 anos.
Processos judiciais e busca por indenização
Além dos processos criminais em andamento, Regivaldo Cardoso, esposo de Clecy e pai das meninas, juntamente com a mãe de Clecy, entrou com uma ação judicial pedindo uma indenização de R$ 20 milhões do Estado de Mato Grosso. A família argumenta que houve negligência e omissão por parte do Estado, visto que já existia um mandado de prisão contra Gilberto por um latrocínio anterior, do qual ele estava foragido desde 2022.
O caso continua sem previsão de julgamento, destacando questões sobre a celeridade do sistema judiciário brasileiro. As famílias das vítimas permanecem em busca de justiça e reparação, enquanto a sociedade aguarda um desfecho para este crime que abalou a região.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"