Capital gaúcha tem previsão de descargas elétricas e ventos acima de 80 km/h; vários bairros ainda estão tomados pela água
A Prefeitura de Porto Alegre emitiu um alerta na tarde desta quarta-feira, 8, pedindo a voluntários que suspendam temporariamente as operações de resgate com barcos em razão do mau tempo.
A capital gaúcha e sua região metropolitana têm previsão de chuva de até 15 mm, com possibilidade de descargas elétricas e ventos acima de 80 km/h nas próximas horas. Segundo a prefeitura, tão logo o tempo permita, as atividades serão retomadas.
Vários bairros ainda estão tomados pela água, e moradores percorrem trechos de barco em busca de mantimentos. Cerca de 12 mil pessoas recebem acolhimento nos abrigos temporários montados na cidade.
Segundo pesquisadores, a inundação do Lago Guaíba – a maior já registrada – deve persistir por tempo indeterminado na região metropolitana, diante da previsão de temporais intensos em grande parte do território gaúcho nos próximos dias.
???? Atenção! Pedimos que os barcos em operações de resgate suspendam temporariamente suas atividades, devido à previsão de chuva de até 15mm, possíveis descargas elétricas e ventos acima de 80 km/h nas próximas horas na Região Metropolitana. pic.twitter.com/nNwWFVxFXT
— Porto Alegre (@Prefeitura_POA) May 8, 2024
O atual nível das águas do Lago Guaíba, que inundam as ruas de Porto Alegre, é de 5,11 metros, de acordo com medição feita pela Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul na manhã desta quarta-feira, 8. Embora tenha baixado 16 centímetros em 24 horas, o nível ainda está muito acima dos 3 metros da cota de inundação, quando as águas começam a causar danos à cidade. A cheia nunca foi tão grave – o recorde anterior, de 1941, era de 4,76 metros.
Diferentes bairros de Porto Alegre foram esvaziados em razão da enchente, e as autoridades pedem racionamento de água aos moradores. A indicação é que o consumo envolva apenas o essencial, já que as estações de tratamento que atendem o município estão funcionando com capacidade reduzida.
Afetados ainda pelo desabastecimento nos supermercados e falta de energia elétrica, moradores têm partido em massa para cidades menos atingidas pelo evento climático.
O Rio Grande do Sul vive o pior desastre climático de sua história. Em todo o Estado, o temporal já deixou ao menos 100 mortos, enquanto 128 pessoas estão desaparecidas. Cerca de 160 mil pessoas estão desalojadas e 66 mil recebem acolhimento em abrigos públicos.
De acordo com a agência MetSul, as enchentes ainda devem se agravar no sul do Estado, devido à cheia da Lagoa dos Patos, que recebe as águas do Guaíba e outros rios. “Todos os rios que desaguam na lagoa tiveram enchente recorde ou histórica”, diz o alerta.
Fonte : Estadão
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"