
“Enquanto os trabalhadores sofrem sem salário, Wellington Randall segue intocável. Quem o protege e por que a diretoria do Hospital Santo Antônio se esconde?”
por Daniel Trindade
A crise no Hospital Santo Antônio se arrasta há anos, e uma pergunta nunca é respondida: quem realmente manda na instituição? Enquanto os trabalhadores enfrentam atrasos salariais, a falta de pagamento do FGTS por décadas e a ausência de benefícios como vale-refeição, a diretoria da Fundação de Saúde Comunitária de Sinop permanece oculta, sem dar satisfações à população ou aos próprios funcionários. Mas há um nome que nunca deixa de aparecer : Wellington Randall Arantes.
Por que Randall continua intocável dentro da Fundação? Como ele segue no comando mesmo após inúmeras denúncias, paralisações e escândalos trabalhistas? Se existe uma diretoria, por que nunca ninguém se pronuncia? Quem são essas pessoas que permitem que Randall tenha poder absoluto sobre uma instituição de saúde que recebe milhões em repasses do Governo do Estado e do Ministério da Saúde, mas não paga seus funcionários em dia?
O que mais intriga é que, enquanto os trabalhadores sofrem com salários atrasados e passam necessidade, Wellington Randall e sua esposa, Andreia Queiroz, que administra o hospital ao seu lado, ostentam uma vida de luxo nas redes sociais. A discrepância entre a realidade dos funcionários e a rotina do casal levanta ainda mais suspeitas sobre a gestão da instituição. Como alguém que administra um hospital atolado em dívidas trabalhistas pode manter um padrão de vida tão confortável? Para onde está indo o dinheiro que deveria ser usado para pagar os colaboradores?
Na última audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, o hospital admitiu os atrasos nos pagamentos e se comprometeu a regularizar os salários, as cestas básicas e o FGTS. Mas, logo após a audiência, surgiram relatos de demissões de funcionários que participaram da paralisação. O hospital, que diante da Justiça tentou parecer sério e comprometido, agora persegue aqueles que lutam por seus direitos. Essa prática reforça uma preocupação ainda maior: a administração do hospital está realmente buscando soluções ou apenas silenciando as denúncias?
Desde o dia 09 de janeiro, nossa equipe tem cobrado esclarecimentos diretamente de Randall e da assessoria de comunicação do hospital. Em conversa informal, o diretor afirmou que já havia protocolado um pedido de bloqueio de pagamento e que enviaria os documentos à nossa redação. Durante uma entrevista ao vivo no dia 10, com o presidente do SINPEN, Arlindo César Ferreira, o assessor de comunicação do hospital reforçou essa versão, garantindo que o protocolo já havia sido feito e que aguardavam apenas o despacho do juiz. Mas os documentos nunca chegaram, e nossa apuração revelou que o pedido de bloqueio só foi protocolado no dia 16 de janeiro, às 11h26, provando que mentiram sobre a situação. O que eles estavam tentando esconder?
A Fundação de Saúde Comunitária de Sinop tem um histórico preocupante de irregularidades. Quando assumiu a gestão do antigo Pronto Atendimento de Sinop, que hoje funciona como Hospital Regional, a promessa era de melhorias e transparência. No entanto, as mesmas práticas adotadas no Hospital Santo Antônio se repetiram: atrasos nos pagamentos, falta de benefícios e precarização do trabalho. Como explicar que um hospital que recebe milhões de reais anualmente continue operando dessa forma?
O Hospital Santo Antônio atende pelo SUS, tem contratos com convênios particulares como a Unimed e movimenta altas quantias em repasses públicos. Mesmo assim, os trabalhadores continuam sem ver esse dinheiro refletido em seus salários. Quem realmente controla as finanças do hospital? Se há uma diretoria por trás de Randall, por que nunca aparece? Por que tanta blindagem em torno desse nome e qual o verdadeiro motivo de sua permanência no cargo, independentemente das crises?
A exaustão dos trabalhadores já não pode mais ser ignorada. As paralisações são reflexo de um sistema falho e injusto, onde aqueles que garantem o funcionamento do hospital são os que mais sofrem. O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem segue pressionando, enquanto a sociedade se pergunta: até quando essa situação será tolerada?
O Portal Deixa Que Eu Te Conto continuará cobrando transparência e exigindo respostas. A crise do Hospital Santo Antônio não pode mais ser tratada como um problema recorrente sem solução. Os trabalhadores exigem respeito, os pacientes precisam de atendimento digno e a população merece saber quem realmente está no controle e a quem interessa manter esse sistema desumano e caótico.
O espaço segue aberto para manifestação do Hospital Santo Antônio de Sinop, Secretaria de Estado de Saúde, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem, Ministério Público do Trabalho, Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho.

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"