Delegado revela execução relacionada a conflitos no comércio de entorpecentes
Por Daniel Trindade
A morte da cantora trans Santrosa, suplente de vereadora, ganhou novos contornos na tarde desta segunda-feira (11), quando a Polícia Civil de Sinop revelou detalhes sobre o possível móvel do assassinato. O corpo da vítima foi encontrado decapitado em uma área rural no domingo (10), após desaparecimento no sábado (9).
Em entrevista, o delegado Bráulio Junqueira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que a execução está diretamente relacionada a conflitos no tráfico de drogas. Segundo as investigações, Santrosa estava vendendo entorpecentes sintéticos sem autorização do Comando Vermelho, facção criminosa que controla o tráfico na região.
“A vítima estava praticando cabritagem”, explicou o delegado. No jargão do crime organizado, “cabritagem” significa comercializar drogas sem o aval da facção dominante. Junqueira revelou que o Comando Vermelho já havia advertido Santrosa anteriormente, mas ela teria continuado as vendas.
A forma como o corpo foi encontrado – decapitado e com mãos e pés amarrados – segue, segundo o delegado, o padrão de execução utilizado pela facção para punir quem desrespeita suas regras. A investigação descartou completamente a hipótese de crime de ódio ou motivação relacionada à identidade de gênero da vítima.
A DHPP continua as investigações e, até o momento, nenhum suspeito foi identificado ou preso. Os próximos passos incluem ouvir familiares da vítima e levantar informações sobre seus últimos movimentos.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"