por Daniel Trindade / Deixa Que Eu Te Conto
Wellington culpa “partidos melancia” por aprovação de Flávio Dino ao STF
A indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF) foi criticada pelo senador Wellington Fagundes (PL), que atribuiu a responsabilidade aos “partidos melancia”. Dino foi escolhido pelo presidente Lula (PT) e teve o seu nome confirmado pelo Senado no dia 13 deste mês.
Segundo Fagundes, partidos que deveriam ser oposição, estão dando apoio ao governo petista.
“O governo tem a maioria, isso é normal. Mas recentemente, o Republicanos, o União Brasil, partidos que deveriam ser oposição, decidiram apoiar o governo atual”, afirmou Wellington à mídia, nesta segunda-feira (18).
Quando um jornalista perguntou se esses partidos seriam os famosos “melancia”, Fagundes apenas esclareceu o conceito. “O que significa esse conceito? [melancia] Alguém que se apresenta como direita, mas por dentro é esquerda. Esse conceito surgiu justamente dos militares. Quando naquela época, os militares assumiram a postura de apoiar o governo da esquerda”, explicou.
Logo que Dino foi indicado, no dia 27 de novembro, Wellington já havia declarado que o PL votaria contra. Líder do Bloco Vanguarda, que congrega os senadores do Partido Liberal e do Partido Novo, o senador mato-grossense disse que o Brasil tem vivido um “presidencialismo”, onde Lula quer ser “mais poderoso do que um rei”.
“Nós vivemos um presidencialismo no Brasil onde o presidente tem um poder até maior do que um rei. E que o governo, todos, mas principalmente esse governo, tem usado muito para fazer as influências políticas, aumentou ministérios, ou seja, para atender a demanda política que, às vezes, nem sempre é a demanda da sociedade”, disse o senador na época.
Dino foi aprovado com 47 votos. Com a sua ida ao STF, Lula passa a ter quatro indicações na Corte Suprema.
Com a aprovação de Dino, o STF passará a ser formado por nada menos do que 7 dos 11 ministros tendo sido indicados por petistas: Lula ou a ex-presidente Dilma Rousseff. O novo ministro do STF herdará 344 ações que estavam sob a análise da ministra Rosa Weber, que se aposentou no final do mês de setembro. Vários dos processos são relativos a temas espinhosos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a criminalização do aborto, a gestão da pandemia da Covid-19, dentre outros.
Antes de Dino, Lula havia indicado o ministro Cristiano Zanin, que foi seu advogado particular e o defendeu das denúncias de corrupção no contexto da Operação Lava Jato. No seu primeiro mandato, Lula indicou a ministra Cármen Lúcia, atualmente a única mulher no tribunal. No segundo mandato, Lula indicou Dias Toffoli.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"