
Plataforma de vídeos é suspensa por descumprir ordens judiciais e permitir conteúdo extremista; Anatel executa a medida.
Da Redação
O cenário digital brasileiro testemunhou uma reviravolta na última sexta-feira, 21 de fevereiro, quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a imediata suspensão das operações da plataforma de vídeos Rumble em território nacional. A medida, que remete à controversa suspensão do X (antigo Twitter) em 2024, representa uma resposta firme ao desrespeito contínuo às decisões judiciais e à proliferação de conteúdo extremista e antidemocrático na plataforma.
Com a decisão em vigor, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está em estado de alerta, com a responsabilidade de notificar os provedores de internet e assegurar que o Rumble seja retirado do ar em até 24 horas. A ação surge após meses de alertas ignorados e um confronto público entre o ministro e o CEO do Rumble, Chris Pavlovski, que questionou a legitimidade da Justiça brasileira.
Em sua decisão, Moraes mencionou a “instrumentalização da RUMBLE INC. por grupos extremistas e milícias digitais”, que encontraram na plataforma um meio para amplificar “discursos nazistas, racistas, fascistas, de ódio e antidemocráticos”.
A decisão de Moraes exige que o Rumble cumpra integralmente todas as ordens judiciais pendentes, quite as multas devidas e designe um representante legal no Brasil. Somente após a satisfação dessas condições a plataforma poderá retomar suas operações no país.
O confronto entre Alexandre de Moraes e Chris Pavlovski se intensificou nas últimas semanas, culminando em um confronto público nas redes sociais. O CEO do Rumble acusou o ministro de censura e desafiou a autoridade do STF.
A suspensão do Rumble não é um fato isolado. A plataforma já estava sob investigação pelas autoridades brasileiras por hospedar conteúdo extremista e por se recusar a remover perfis e canais vinculados a figuras controversas, como o blogueiro Allan dos Santos.
Em outubro de 2021, Moraes determinou o bloqueio dos perfis de Allan dos Santos em diversas plataformas, incluindo YouTube, Instagram, Facebook e X. No entanto, o blogueiro continuou a criar novas contas.
A Rumble Canada Inc. chegou a recorrer da ordem de bloqueio do canal Terça Livre, ligado a Allan dos Santos, mas o recurso foi negado pelo STF em setembro de 2024.
Diante da persistência do Rumble em descumprir as ordens judiciais, Moraes determinou, em 9 de fevereiro de 2025, que a plataforma bloqueasse as contas de Allan dos Santos e interrompesse o repasse de valores oriundos de monetização e doações aos canais do blogueiro. A empresa, contudo, ignorou a determinação, o que resultou na suspensão total de suas atividades no Brasil.
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Redação
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