Por Daniel Trindade
Nesta terça-feira (19 de novembro), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto. O pedido está fundamentado nas descobertas de uma operação da Polícia Federal que investiga um suposto plano golpista, que teria como alvo o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), líder da bancada do partido na Câmara, comunicou a ação por meio das redes sociais. Ela afirmou que não há argumentos válidos para que Bolsonaro e Braga Netto permaneçam em liberdade, citando a possibilidade de envolvimento deles em um plano de assassinato de figuras públicas e tentativa de golpe de Estado, conforme indicado pela Polícia Federal.
De acordo com as investigações, o general Braga Netto teria desempenhado um papel central no planejamento do golpe, organizando um encontro estratégico em sua residência em novembro de 2022, com a presença de militares. Braga Netto ainda não se pronunciou sobre as acusações.
No mesmo dia, a Polícia Federal deteve quatro militares e um policial federal supostamente envolvidos na organização do plano golpista. O relatório policial também associa Bolsonaro à tentativa de golpe, descrevendo planos para utilizar armamento de alto poder ou envenenamento contra Lula e Alckmin, e um artefato explosivo para eliminar Moraes em um evento público.
Erika Hilton descreveu Bolsonaro e Braga Netto como “assassinos em potencial”, enquanto o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) destacou o crescente envolvimento do governo anterior nas investigações sobre a tentativa de golpe. O PSOL defende uma resposta rápida e firme, argumentando que a prisão preventiva é essencial para prevenir novos crimes ou a destruição de provas.
A operação, chamada Contragolpe, resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo membros das Forças Especiais do Exército e um policial federal. Os detidos são:
- Hélio Ferreira Lima: tenente-coronel do Exército.
- Mário Fernandes: general da reserva e ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro.
- Rafael Martins de Oliveira: major.
- Rodrigo Bezerra de Azevedo: major.
- Wladimir Matos Soares: policial federal.
As reações à operação foram variadas, com partidos de direita criticando as prisões como uma “cortina de fumaça”, enquanto membros do governo associam o caso diretamente a Bolsonaro.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"