
Presidente passa por embolização para tratar hematoma subdural
Por Daniel Trindade
Na manhã desta quinta-feira, 12 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passa por uma nova cirurgia para interromper o fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro. O procedimento, conhecido como embolização da artéria meníngea média, é comumente utilizado no tratamento de hematomas subdurais crônicos, uma condição em que o sangue se acumula no tecido protetor.
Esta cirurgia é considerada pouco invasiva e geralmente apresenta resultados rápidos. De acordo com um boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, onde Lula está internado em São Paulo, ele “fará complementação de cirurgia com procedimento endovascular”.
Esta é a segunda cirurgia que o presidente enfrenta em menos de uma semana. Na segunda-feira, 9 de dezembro, Lula foi levado ao hospital em Brasília (DF) com fortes dores de cabeça e posteriormente transferido para São Paulo, onde passou por uma trepanação na madrugada de terça-feira, 10 de dezembro, para drenar um hematoma no cérebro.
O procedimento é comumente realizado no pós-operatório de cirurgias neurológicas, com o objetivo de prevenir ou tratar hematomas que se formam entre o crânio e o cérebro. Esse tratamento é indicado em casos de trauma craniano, quando pequenos vasos sanguíneos se rompem, resultando em sintomas de intensidade leve a moderada. A técnica médica atua diretamente no controle do sangramento, isolando o vaso responsável e reduzindo significativamente os riscos associados à condição.
A cirurgia é realizada em três etapas principais: anestesia, cateterismo e embolização. O sedativo é aplicado localmente para evitar desconforto durante o procedimento, que utiliza contraste como identificador dos vasos. Na primeira etapa, um cateter é inserido em uma artéria da virilha ou do braço, que se conecta à artéria meníngea média no crânio, guiado por imagens de raio-X para garantir eficiência e rapidez. A embolização acontece por meio da injeção de uma substância composta por partículas de cola médica e outros fluidos, interrompendo o sangramento. O procedimento bloqueia totalmente o suprimento do hematoma, auxiliando na recuperação e estabilização do sangramento neurológico.
A recuperação costuma ser rápida e indolor. O paciente é monitorado por algumas horas ou dias no hospital para garantir a estabilidade do quadro e, em poucos dias, é liberado com orientações e acompanhamento médico.
Em 19 de outubro, Lula sofreu uma queda no banheiro de sua casa, batendo a nuca, o que levou à necessidade de uma cirurgia de emergência na terça-feira seguinte. Na ocasião, ele foi internado após sentir fortes dores de cabeça e passou por uma craniotomia, procedimento que remove parte do osso do crânio, para drenar um hematoma. Desde então, ele permanece em observação na UTI. Os médicos informaram que ele deveria continuar internado pelo menos até o início da próxima semana. Após a queda, Lula recebeu cinco pontos e foi liberado após exames, com a recomendação de evitar viagens longas. A equipe médica explicou que a complicação que levou à cirurgia é comum após quedas semelhantes à que Lula sofreu.

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"