
O ministro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luis Felipe Salomão, determinou o prosseguimento das investigações contra o juiz federal Raphael de Almeida Casella. O magistrado, que está afastado por outros processos administrativos, é acusado de conceder benefícios previdenciários de forma irregular para beneficiar políticos e em troca receber “vantagens patrimoniais indevidas”.
A partir do esquema, Casella teria adquirido vários imóveis, fazendas e hotéis, tendo um patrimônio avaliado em R$ 46,9 milhões, valor este incompatível com a sua renda de juiz. Conforme os autos, um médico perito aposentado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que trabalhava em Cáceres, depôs à polícia informando que sistematicamente, os benefícios previdenciários que eram indeferidos na esfera administrativa, pela não comprovação de transtorno psiquiátrico, estavam sendo deferidos na esfera judicial, por decisões de Casella, “que eram subsidiadas por laudos periciais fraudulentos, lavrados por peritos particulares em colaboração com o poder judiciário, instruídos por advogados que também estavam cientes do esquema”.
O magistrado é acusado também de ir a tribo indígena Região dos Tintas Largas, em Rondolândia (1062 km de Cuiabá) e sugerir que concederia benefício para “todo mundo”, independentemente de perícia/parecer, desde que as pessoas votassem em determinados candidatos aos cargos de
governador, senador e deputados estadual e federal.
Foi determinado o sobrestamento do pedido por 120 dias, para que pudessem ser concluídas as diligências em curso no inquérito policial instaurado pela Polícia Federal e pelo próprio Ministério Público Federal.
Como as apurações seguem em andamento no âmbito criminal, o ministro determinou que a Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª Região continue apurando o caso.
Fonte : Repórter MT

Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"