por Daniel Trindade
“Beleza, promessas de lucro e uma rede de mentiras: a Operação Cleópatra desmascara pirâmide financeira que lesou dezenas em Mato Grosso.”
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, realizou na manhã desta quinta-feira (31) a Operação Cleópatra para desmantelar um esquema de pirâmide financeira que lesou dezenas de pessoas em Cuiabá. A operação incluiu mandados de prisão, busca e apreensão, além do bloqueio de bens e a suspensão das atividades de empresas ligadas ao esquema, com ações em várias cidades de Mato Grosso, incluindo Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis e Sinop.
Entre os principais alvos da operação está uma empresária, apontada como líder do esquema e conhecida por se apresentar como especialista em investimentos. A empresária, dona da empresa DT Investimentos, usava redes sociais para conquistar suas vítimas, destacando-se como uma jovem bem-sucedida, articulada e com grande conhecimento financeiro. Além dela, um médico e um ex-policial federal, que atuava como gestor de negócios e foi casado com a suspeita, também foram identificados como envolvidos. Os investigados enfrentam acusações de crime contra a economia popular, crime contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Com promessas de retorno financeiro de 2% a 6% ao dia, a empresária convencia suas vítimas a investirem valores iniciais acima de R$ 100 mil em ações, criando o que se revelou um clássico esquema de pirâmide. Nos primeiros meses, os investidores recebiam o retorno prometido e eram incentivados a reinvestir, mas, com o tempo, os pagamentos cessaram. Ao tentarem resgatar o capital, as vítimas foram surpreendidas com desculpas e, eventualmente, a total falta de comunicação por parte da empresa.
A prisão da empresária ocorreu no aeroporto de Sinop, onde ela desembarcava de uma viagem ao Nordeste. Durante as buscas, a polícia apreendeu uma caminhonete Ford Ranger e uma série de documentos que serão analisados para aprofundar as investigações. Segundo o delegado Rogério Ferreira, os prejuízos confirmados até o momento somam R$ 2,5 milhões, mas o valor real pode ser muito maior, já que é provável que existam outras vítimas que ainda não denunciaram.
A operação foi batizada de Cleópatra em alusão à influência que a principal suspeita exercia sobre as pessoas, atraindo investidores com sua aparência, riqueza e habilidades comunicativas, assim como a histórica rainha do Egito.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"