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Adolescente confessou o homicídio após uma primeira versão fabricada; crime teria ocorrido após o pai ameaçar a mãe com uma arma.
DA REDAÇÃO
Glória D’Oeste, MT – Um trágico episódio de violência familiar chocou o distrito de Vila Cardoso, em Glória D’Oeste (312 km a oeste de Cuiabá), na madrugada desta quinta-feira (31). Evandro Teixeira, de 36 anos, conhecido como “Chita”, foi encontrado morto com tiros e facadas. A autoria do crime recai sobre seu filho, um adolescente de 17 anos, que confessou o assassinato após inicialmente tentar enganar as autoridades.
A Polícia Militar foi acionada por volta da 00h52, após receber a informação de que o pai de um amigo havia sido assassinado. Ao chegar ao local, o jovem, que mais tarde seria identificado como o autor, confirmou o óbito, mas apresentava visível nervosismo e dificuldade em fornecer detalhes.
Equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil de Glória D’Oeste se deslocaram para a residência indicada. No imóvel, a esposa e os outros filhos de Evandro estavam em estado de choque. O corpo da vítima foi encontrado na varanda dos fundos, com múltiplas lesões e grande perda de sangue. O relatório policial aponta um ferimento de arma de fogo no olho esquerdo e duas perfurações por faca, uma no peito e outra profunda no pescoço.
Inicialmente, a esposa da vítima e o filho apresentaram uma versão que atribuía o crime a um homem encapuzado. Segundo o relato, Evandro teria chegado em casa alterado, armado com uma espingarda e uma faca, e ameaçado a companheira. O suposto invasor, então, teria disparado e esfaqueado Evandro, fugindo em seguida com a espingarda e fazendo ameaças à família.
Contudo, a história levantou suspeitas devido às inconsistências. Durante as buscas, a equipe policial encontrou uma espingarda e cartuchos intactos em um terreno baldio próximo à residência. Confrontado novamente, o filho da vítima confessou o homicídio. Ele admitiu ter disparado contra o pai e, posteriormente, desferido os golpes de faca para “neutralizá-lo”.
O adolescente revelou ainda que a espingarda, o revólver calibre .38 e a faca utilizados no crime foram escondidos no quintal da casa da avó e no próprio quintal da residência, respectivamente. Ele também confessou que a versão do invasor encapuzado havia sido um plano elaborado em conjunto com a mãe para encobrir a autoria do assassinato.
A Polícia Científica realizou a perícia no local e recolheu os materiais apreendidos, incluindo as armas e o celular da vítima. O menor foi apreendido e encaminhado à Delegacia de Polícia Judiciária Civil para os procedimentos cabíveis. A esposa da vítima também foi conduzida para prestar depoimento sobre sua participação na tentativa de ocultar o crime.

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