
Ministro da Agricultura lidera ações federais no estado, mantém diálogo com Jaime Campos, Wellington Fagundes e Janaína Riva e pode formar grupo forte para disputar o governo em 2026.
por Daniel Trindade
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária e senador licenciado pelo PSD, tem articulado uma ampla frente política em Mato Grosso com vistas às eleições de 2026. Segundo informações obtidas por fontes ligadas aos parlamentares, ele mantém diálogo constante com os senadores Jaime Campos (União Brasil) e Wellington Fagundes (PL), além de considerar a deputada estadual Janaína Riva (MDB) como possível integrante do grupo. Nenhum dos envolvidos, porém, oficializou alianças ou pré-candidaturas até o momento.
Fávaro vem reforçando sua presença no estado por meio de entregas e investimentos federais. Em 2025, liderou o Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais e Sustentabilidade da Agricultura Familiar, com entrega de máquinas e equipamentos agrícolas em Sorriso, Cáceres e Várzea Grande. Também coordenou ações do Programa Minha Casa, Minha Vida, que garantiram mais de mil unidades habitacionais em Cuiabá e Várzea Grande, com subsídio federal de cerca de R$ 55 mil por família. Além disso, liberou R$ 97,2 milhões em emendas parlamentares para 19 municípios, sendo R$ 43,5 milhões destinados à saúde.
Desde 2024, o Ministério da Agricultura sob sua gestão tem direcionado recursos significativos para Mato Grosso, incluindo investimentos em pavimentação rural, recuperação de áreas degradadas e modernização da agricultura familiar. Em conjunto, essas ações somam mais de R$ 247 milhões em obras e programas federais aplicados no estado. Esses aportes reforçam o papel de Fávaro como articulador político e técnico junto ao agronegócio e ao governo federal, fortalecendo sua base de apoio para o pleito de 2026.
O senador Jaime Campos, ex-governador e ex-prefeito de Várzea Grande, continua entre os principais nomes cotados ao governo estadual. Em 2025, destinou R$ 1,2 milhão em emendas para a saúde de Colíder (MT) e apresentou projetos de lei voltados ao meio ambiente e ao desenvolvimento regional, como o PL 2161/2025, que amplia a atuação da CODEVASF para as bacias hidrográficas de Mato Grosso, e o PL 5040/2025, que altera a Lei de Crimes Ambientais. Campos também defendeu a liberação de cerca de R$ 10 bilhões do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima para ações sustentáveis no Centro-Oeste. Segundo aliados, o senador avalia com “70 % de chance” disputar o governo em 2026, o que reforça o papel estratégico que exerce nas articulações políticas regionais.
O senador Wellington Fagundes, por sua vez, mantém protagonismo nas pautas de infraestrutura e transporte. Foi relator de proposta que concede aposentadoria especial a agentes comunitários de saúde e de combate às endemias e tem articulado a renovação da concessão da Energisa, responsável pela distribuição de energia elétrica no estado, com previsão de investimentos de R$ 1,6 bilhão em 2025. Também acompanhou o processo de reassunção da concessão da BR-163, no trecho que liga Rondonópolis a Sinop, fundamental para o escoamento da produção agrícola mato-grossense. Fagundes é uma das principais lideranças do PL em Mato Grosso e já se colocou como pré-candidato ao governo, defendendo uma candidatura de consenso da direita para 2026.
A deputada Janaína Riva, presidente estadual do MDB, segue como uma das figuras mais influentes da política mato-grossense. Reeleita com mais de 82 mil votos em 2022, ela mantém forte base no interior e tem apresentado projetos com impacto direto na gestão pública e na saúde da mulher, como a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde das Mulheres no Climatério e na Menopausa. Em 2025, destinou recursos para aquisição de ambulâncias em Alto Taquari e outras cidades, além de emendas voltadas ao custeio da saúde em municípios do norte do estado.
A possível aliança entre Fávaro, Campos, Fagundes e Janaína Riva é vista como uma das mais amplas e estratégicas de Mato Grosso. Juntos, eles concentram forças em praticamente todos os segmentos do eleitorado: o agronegócio e o governo federal (Fávaro), a Região Metropolitana e a experiência administrativa (Campos), a infraestrutura e o interior logístico (Fagundes) e o voto popular e municipalista do MDB (Janaína).
Fontes próximas ao grupo afirmam que, se mantiverem a unidade e definirem um único nome para liderar a chapa, essa composição poderá se tornar favorita na disputa pelo Palácio Paiaguás em 2026, reunindo capital político, estrutura partidária e base territorial capaz de garantir vantagem no primeiro turno e consolidar a vitória nas urnas.

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Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Consultor Político
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"







