
da Redação
O empresário Igor Phelipe Gardes Ferraz, preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (15) durante a Operação Contraprova, já havia sido preso em flagrante em abril deste ano, suspeito de emitir laudos fraudulentos.
Ele é um dos sócios da rede de laboratórios Bioseg, que foi fechada durante a operação por suspeita de fraudes e falsificações de exames laboratoriais em três unidades do estado: Cuiabá, Sinop e Sorriso. Igor, que é biomédico e responsável técnico pelas unidades, teve o registro profissional suspenso.
Foram cumpridas 11 ordens judiciais contra os proprietários. O único preso foi Igor. Nesta manhã, houve busca e apreensão nas residências dos sócios e nas unidades da empresa, além da interdição judicial das três unidades e da suspensão de contratos do laboratório com o Poder Público. Os sócios também estão proibidos de contratar com órgãos públicos da União, estados e municípios.
A rede, identificada por meio de investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), realizava exames para diversos órgãos públicos, como a Câmara e a Prefeitura de Cuiabá, além de clínicas médicas particulares, nutricionistas e um convênio médico. Também atendia pacientes particulares.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Juiz de Garantias de Cuiabá, após manifestação favorável da 24ª Promotoria de Justiça, e estão sendo cumpridas com apoio de policiais civis das delegacias de Sorriso e de Sinop, além de fiscais da Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá.
Ao final do inquérito, os investigados poderão ser indiciados por estelionato, falsificação de documento particular, peculato e associação criminosa, cujas penas podem chegar a até 25 anos de prisão, além de multa.
Investigação
As investigações começaram em abril deste ano, após denúncia recebida pela Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá de que um dos sócios e responsável técnico pelo laboratório estaria falsificando resultados de exames. Na ocasião, a unidade foi interditada, e o investigado chegou a ser preso em flagrante delito.
O laboratório recebia e coletava amostras de material biológico, incluindo secreção de pacientes de home care, e realizava exames de Covid-19, toxicológicos e para detecção de doenças como sífilis, HIV e hepatites. Os laboratórios possuíam unidades em Cuiabá, Sinop e Sorriso.
No decorrer das investigações, foi apontado que o laboratório não realizava os exames internamente nem enviava os materiais biológicos para outros laboratórios, como afirmavam os sócios. As amostras coletadas dos pacientes eram descartadas sem qualquer análise, e os resultados dos laudos eram falsificados pelo sócio responsável técnico, que também é biomédico. Ele foi preso preventivamente nesta sexta-feira.

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Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Consultor Político
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"





