Colíder decreta multas contra a dengue em meio à superlotação hospitalar e explosão de casos

Prefeitura endurece fiscalização e pune focos do mosquito Aedes aegypti para conter surto que ameaça o sistema de saúde.

Da Redação

Colíder, MT – Colíder enfrenta um grave surto de dengue, com um aumento expressivo de casos que levou à superlotação do Hospital Regional Masamitsu Takano. Em resposta, a prefeitura endureceu as medidas de combate à doença, decretando a aplicação de multas para moradores e proprietários de terrenos que apresentarem focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. De acordo com dados da secretaria de Saúde, foram notificados 679 casos de dengue entre 29 de dezembro e 22 de fevereiro, com 124 confirmações, incluindo três casos graves.

A situação tem impactado o sistema de saúde da região, que atende a uma população de cerca de 70 mil habitantes de Colíder e cidades vizinhas. As cirurgias eletivas foram suspensas no Hospital Regional para liberar leitos e atender à crescente demanda de pacientes com dengue e chikungunya.

“Há uma classificação de riscos, mas temos atendido todos os casos. Estamos fazendo uma parceria com o município, solicitando mais cadeiras para soroterapia e suporte medicamentoso”, explicou Grazielle Guimarães, diretora do hospital, demonstrando a sobrecarga do sistema.

A fiscalização será realizada pela equipe de Vigilância Sanitária e as multas serão aplicadas aos moradores cujas residências apresentarem focos do mosquito e aos proprietários de terrenos baldios que não realizarem a limpeza.

A secretaria de Saúde estima que, para cada caso notificado, outros sete não tenham sido registrados, o que indica que um número alarmante de quatro a cinco mil moradores podem ter sido contaminados pelo Aedes aegypti nos últimos dois meses.

A secretária de Saúde, Mara Lemos, classificou a situação como “epidemia de dengue” e alertou para o risco de colapso nas unidades de saúde do município e do estado. “Estamos em situação endêmica, com muitos casos, com as unidades de saúde do município e do estado quase entrando em colapso”, afirmou Lemos, demonstrando a gravidade do cenário.

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