Banco estatal enfrenta desafios para manter ritmo de crédito habitacional
Por Daniel Trindade
A Caixa Econômica Federal está reduzindo o financiamento de imóveis devido à escassez de recursos na caderneta de poupança. Fontes do setor imobiliário indicam que o banco enfrenta problemas de “funding”, as fontes de financiamento destinadas a contratos de aquisição de imóveis.
O banco não confirmou nem negou a falta de recursos, mas informou que sua carteira de crédito imobiliário está crescendo acima do programado. A Caixa anunciou recentemente que reduzirá o valor financiável da casa própria a partir de 21 de outubro.
Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), atribui a escassez de financiamentos à queda nos recursos das cadernetas de poupança, afetadas pela alta da taxa Selic nos últimos três anos.
A Caixa concedeu R$ 175 bilhões em crédito imobiliário até setembro de 2024, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. O banco é responsável por 68% do mercado de financiamento habitacional no país.
Contudo, desde 2021, o saldo entre depósitos e saques na poupança é negativo. Em 2023, o déficit chegou a R$ 87,8 bilhões, valor quase igualado nos primeiros nove meses de 2024.
O setor imobiliário busca alternativas de financiamento, como certificados de recebíveis imobiliários e fundos imobiliários, que geralmente têm taxas de juros mais elevadas.
Apesar dos desafios, os financiamentos para empreendimentos de baixa renda, como o programa Minha Casa, Minha Vida, continuam garantidos por recursos do FGTS e do Orçamento da União.
O setor espera que, com o início do orçamento de 2025, as contratações voltem a fluir normalmente a partir de janeiro do próximo ano.
Daniel Trindade
Editor-Chefe do Portal de Notícias
Ativista Social|Jornalista MTB 3354 -MT
Estudante Bacharelado em Sociologia
Defensor da Causa Animal em Sinop -MT
Tutor do Stopa "O Cão Mascote"