Sinop/MT: Corpos são identificados; Polícia aponta retaliação do Comando Vermelho por morte de motorista de aplicativo
Redação
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Reprodução
DHPP investiga possível execução interna após assassinato de Luciano Alves da Silva, de 20 anos; bilhete com “regra de conduta” foi encontrado com uma das vítimas.
DA REDAÇÃO
Quatro corpos, incluindo três de adolescentes, encontrados neste domingo (9 de novembro) em Sinop (MT) foram identificados. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) trabalha com a principal hipótese de uma execução interna do Comando Vermelho (CV). A motivação seria uma retaliação pelo assassinato de Luciano Alves da Silva, de 20 anos, um motorista de aplicativo cujo corpo foi encontrado dias antes no município.
As vítimas foram identificadas como Gabriel Silva dos Santos, de 16 anos; Wilha dos Santos Galvão, de 17 anos; Igo Silva Sousa, de 18 anos; e Lucas Rafael Martignago, de 33 anos. A suspeita de retaliação ganhou força após a polícia encontrar, junto a um dos corpos, um bilhete com a mensagem: “Não roubar na quebrada. Não maltratar morador. Vida inocente paga com vida”.
A DHPP acredita que os indivíduos executados eram integrantes do Comando Vermelho que teriam roubado e assassinado Luciano Alves da Silva sem autorização da facção. A morte do motorista de aplicativo, que segundo a família não tinha envolvimento com o crime, teria desencadeado a “sentença” imposta pelo próprio grupo criminoso.
Os três primeiros corpos foram localizados na manhã de domingo em uma área de mata na estrada Lucila, a cerca de quatro quilômetros da MT-140, com pés e mãos amarrados. O quarto corpo foi descoberto posteriormente, próximo à Comunidade Brígida, apresentando sinais semelhantes de execução e parcialmente enrolado em um lençol. Todos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos de necropsia.
Luciano Alves da Silva havia desaparecido na noite de quarta-feira (5). Seu carro foi encontrado abandonado e danificado, e seu corpo foi localizado em uma área de mata na quinta-feira (6), após buscas de familiares e colegas motoristas.
Os casos seguem sob investigação da Polícia Civil, por meio da DHPP, para apurar a autoria e as circunstâncias de todas as mortes.
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