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Ligação entre Mato Grosso e Pará enfrenta questionamentos ambientais e judiciais, mas segue como aposta para otimizar a logística nacional.
Da Redação
A Ferrogrão (EF-170), ambicioso projeto ferroviário que busca ligar Sinop, no coração do Mato Grosso, ao estratégico distrito de Miritituba, no Pará, reacende a discussão sobre os rumos da infraestrutura e do agronegócio brasileiro. Com um traçado principal de 933 km, além de ramais complementares, a ferrovia surge como uma alternativa para otimizar o escoamento da crescente produção agrícola do Mato Grosso em direção aos portos do Norte do país.
A iniciativa, que ganhou tração no governo Michel Temer, busca reduzir a dependência do transporte rodoviário, notadamente da BR-163, via importante para o escoamento da safra de grãos. Contudo, o projeto esbarra em obstáculos significativos. Em 2021, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu cautelarmente a implantação, atendendo a questionamentos sobre a constitucionalidade da Lei 13.452/2017, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim para acomodar a ferrovia.
Apesar dos entraves judiciais e das críticas de ambientalistas, o agronegócio se mantém firme na defesa da Ferrogrão, argumentando que a ferrovia é fundamental para reduzir custos operacionais, otimizar a logística de exportação e impulsionar a competitividade do setor. A precariedade da infraestrutura existente no Mato Grosso, com gargalos como a falta de armazéns e estradas pavimentadas, agrava a situação, onerando os produtores e prejudicando o escoamento da safra.
Em novembro de 2024, o Ministério dos Transportes buscou acelerar o licenciamento ambiental da Ferrogrão e de outros projetos ferroviários, sinalizando o reconhecimento da importância estratégica do modal ferroviário para o país. A iniciativa visa conferir maior segurança jurídica aos empreendimentos e destravar investimentos no setor.
A relevância da Ferrogrão para o desenvolvimento da infraestrutura nacional foi reiterada por Aldo Rebelo.
Em contrapartida, estudos como o do Instituto Socioambiental (ISA) apontam para falhas na Análise Socioeconômica de Custo e Benefício (ACB) da Ferrogrão, questionando a viabilidade do projeto e alertando para os possíveis impactos ambientais e sociais.
Em síntese, a Ferrogrão personifica o complexo debate sobre o futuro da infraestrutura e do agronegócio brasileiro. Enquanto a ferrovia se apresenta como uma solução estratégica para impulsionar o escoamento da produção e reduzir custos, os questionamentos ambientais e as críticas à sua viabilidade exigem uma análise criteriosa e um diálogo transparente entre todos os setores da sociedade.
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